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Seropédica: mais de 200 vigilantes da CBTU voltam ao campus da UFRRJ

A Administração Central da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro informou que aconteceu nesta terça-feira (2) a reintegração de 207 trabalhadores da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). Graças a uma decisão na Justiça do Trabalho, eles voltam a ser cedidos para atuarem como vigilantes no campus Seropédica após cerca de nove meses em que estiveram afastados por conta de uma imposição da concessionária da superintendência mineira da companhia.

Renan Canuto, diretor da Divisão de Guarda e Vigilância (DGV) da UFRRJ, explicou em matéria no site da universidade, que esses vigilantes – homens entre 50 e 70 – serão importantes para reforçar a segurança do patrimônio, de professores e demais funcionários, além dos quase 20 mil alunos matriculados nos cursos presenciais no campus. No espaço – com cerca de 3.024 hectares e 131.346 m² de área construída – já atuam guardas de uma empresa terceirizada (contratada após o afastamento dos vigilantes da CBTU) e da Secretaria de Segurança de Seropédica.

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Canuto comentou: “Vamos trabalhar em forma de parceria. Montamos uma estrutura de segurança com a empresa de vigilância e temos o apoio da Secretaria de Segurança de Seropédica. E agora, com a participação desses trabalhadores, vamos somar à questão relativa aos prédios. Poderemos fazer uma segurança patrimonial mais efetiva”.

Ivanilda Reis, coordenadora geral do biênio 2023-2025 do Sintur (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) da Rural, foi mais uma a celebrar o retorno dos profissionais: “É muito positivo ver esses trabalhadores voltando, com a importância que eles têm, pois a segurança é uma preocupação enorme para todos nós da comunidade universitária”, enfatizou ela, que também esteve presente na recepção ao grupo nesta manhã, no Auditório Hilton Salles, no campus Seropédica.

ENTENDA O CASO

Cerca de 300 servidores públicos federais, originalmente policiais ferroviários na Administração Central da CBTU no estado do Rio de Janeiro, acabaram deslocados em 1996 com a chegada da Supervia à malha ferroviária fluminense.

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Já em 2012, uma decisão judicial reintegrou os servidores e os realocou na superintendência da CBTU em Belo Horizonte (MG). Seis anos depois, em 2018, devido a uma portaria do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão eles voltaram ao RJ para integrar a segurança dos quatro campus da UFRRJ – Nova Iguaçu, Três Rios e Campos dos Goytacazes, além de Seropédica.

Porém, em março do ano passado, a Metrô BH, braço do Grupo Comporte, se tornou oficialmente concessionária da superintendência da CBTU de Belo Horizonte e passou a exigir que os trabalhadores retornassem imediatamente para a capital mineira – o prazo de apenas três dias para o retorno, inclusive, gerou indignação entre eles – confira abaixo.

https://jornalatual.com.br/seropedica/ufrrj-pode-perder-300-agentes-de-seguranca-com-privatizacao-em-bh-entenda/

Mas no ano passado, uma ação coletiva na Justiça do Trabalho, interposta pelos próprios funcionários, deu decisão favorável ao grupo. A vara entendeu que eles não pertencem ao rol de empregados de BH, já que estavam apenas emprestados a essa superintendência.

A Justiça do Trabalho compreendeu que os trabalhadores, oriundos da CBTU-Rio, têm como nova origem a CBTU-Brasília, para onde foram realocados após a privatização da administração ferroviária fluminense nos anos 1990.

Carlos (E) e Elton ficaram satisfeitos com o retorno ao campus Seropédica da UFRRJ após nove meses (Divulgação)

ALÍVIO PELO RETORNO

Carlos Eri da Cunha Araújo, servidor da CBTU há 37 anos, falou da satisfação após a decisão judicial favorável: “Não tínhamos interesse nenhum em sair da UFRRJ. Fomos obrigados judicialmente a sair e agora conseguimos judicialmente retornar. Agradeço à universidade por estar nos recebendo de braços abertos novamente”.

Também há 37 anos na companhia, Elton Moreira Ferreira destacou que, além da possibilidade de voltar a trabalhar em um lugar de onde nunca quiseram sair, outra vantagem é “poder estar mais perto de casa”, já que esses servidores já haviam conseguido implementar uma estrutura familiar no Rio em mais de cinco anos de tralho.

Sobre a participação do grupo na segurança do campus Seropédica, ele conclui: “Poderemos fazer um serviço de excelência, uma vez que vemos a dificuldade que a Universidade passa na questão da segurança, da mobilidade e para que os alunos possam se sentir seguros e acolhidos”.

Luiz Maurício Monteiro

Repórter com mais de 15 anos de trajetória e passagens por diferentes editorias, como Cidade, Cultura e Esportes.

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