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Diocese de Itaguaí relembra vida e obra de dom Vital

Primeiro bispo da paróquia teve homenagens ao longo da semana que marcou 10 anos de sua morte

Na semana do dia 11 de junho a Diocese de Itaguaí homenageou dom Vital Wilderink (https://dioceseitaguai.org.br/celebracoes-em-memoria-ao-saudoso-dom-vital-de-8-a-10-de-junho/) através de missas, exposições de documentos, fotos e vídeo que narravam a trajetória do holandês que veio a ser o primeiro bispo diocesano da paróquia.

A programação de homenagem, intitulada Memória dos 10 anos de Páscoa de Dom Vital, começou em abril com missa presidida por dom Biasin. No dia 8 de junho, após missa especial, foi inaugurada no Salão da Catedral São Francisco Xavier, em Itaguaí, exposição com documentos e fotos que narram a trajetória de vida de dom Vital, seguida de apresentação musical infantil e de workshop discutindo os desafios enfrentados pelo bispo à sua época de episcopado.

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No dia 9 foi apresentado um vídeo sobre dom Vital, seguido de almoço, no Eremitério Fonte de Elias, em Lídice, Rio Claro/RJ, onde viveu desde sua renúncia do cargo de bispo, em 1998.

Foi realizada, juntamente às celebrações à memória de dom Vital, missa festiva, na Catedral São Francisco Xavier, na segunda-feira (10) em comemoração ao primeiro ano de posse de dom Paulo Celso como bispo da Diocese de Itaguaí.

Dom Paulo Celso comemorou seu primeiro ano de episcopado durante a semana de celebração à dom Vital / FOTO CLÁUDIO LEAL / PASCOM

Já as celebrações em homenagem à memória de dom Vital se encerraram na terça-feira (11) com café da manhã na Catedral.

Dom Vital nasceu em 1931 e veio a falecer em 11 de junho de 2014 em Lídice, Rio Claro/RJ, em decorrência de acidente automobilístico na Avenida Rio das Pedras quando seguia para sua residência no Eremitério Santo Elias.

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BREVE BIOGRAFIA

Nascido João Geraldo Wilderink, em 30 de novembro de 1931 na cidade holandesa de Deventer. Após seus estudos no Seminário Menor dos Carmelitas, onde entrou em 1945, D. Vital veio para o Brasil em janeiro de 1949, quando ingressou no Seminário dos Padres Carmelitas de Itu, em São Paulo, residindo depois em Mogi das Cruzes e, em seguida, na capital paulista, onde cursou filosofia

Após o curso de Filosofia em São Paulo, em 1954, foi para Roma onde foi ordenado sacerdote no dia 7 de julho de 1957. Lá, em 1966, cursou doutorado em Teologia na Universidade Angelicum Santo Tomás de Aquino, onde especializou-se em Teologia Espiritual. Atuou como professor de Teologia Dogmática no Colégio Internacional dos Carmelitas entre 1964-1965. De volta ao Brasil em 1967, atuou como professor no Instituto de Filosofia e Teologia em Belo Horizonte.

D. Vital, no desejo de viver uma vida a serviço dos mais sofridos, seguindo a doutrina carmelitana, omitiu sua identidade de padre para experimentar a vida operária trabalhou em uma pedreira e numa fábrica de tecidos em Minas Gerais, chegando a morar na favela chamada Sovaco da Égua nesse período.

Na Diocese de Itabira-MG atuou como coordenador diocesano de Pastoral e em 1970 foi diretor do departamento de formação da Conferência dos Religiosos do Brasil. Nesse período incentivou e acompanhou vários grupos de religiosas na busca por novas formas de vida religiosa no meio do povo.

Nomeado diretor do Departamento de Formação da Conferência dos Religiosos do Brasil, em 1968, participou, como representante da CLAR -Conferência Latino-Americana dos Religiosos (as) e na II Assembleia da Conferência Episcopal Latino Americana – CELAM, em Medellín. Em 1974 frequentou o Instituto Pastoral do CELAM, sendo eleito Conselheiro Provincial.

Em 14 de junho de 1978 foi nomeado pelo Papa Paulo VI bispo auxiliar da Diocese de Barra do Piraí, Volta Redonda/RJ, com a tarefa de preparar a instalação de uma nova Diocese. Atuou, também, como Vigário Episcopal de Angra dos Reis e Itaguaí. Na região foi Presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) – Regional/RJ.

Em 22 de junho de 1980 foi ordenado bispo da Diocese de Itaguaí, onde permaneceu até 7 de agosto de 1998, quando renunciou ao serviço pastoral da Diocese.

No mês de outubro do mesmo ano mudou-se para o Eremitério Fonte de Elias, em Lídice, distrito de Rio Claro/RJ, realizando a aspiração de um estilo de vida contemplativo. D. Vital permaneceu na região até a sua morte, em 11 de junho de 2014, vítima de um acidente automobilístico quando retornava ao Eremitério no Alto do Rio das Pedras.

Por Isa Maria de Carvalho Ignácio Onestini

Marcelo Godinho

Marcelo Godinho é bacharel em Comunicação Social, graduado em Jornalismo pela Universidade Gama Filho e é o profissional responsável e fundador do Jornal Atual.

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