Sessão é cancelada após bate boca em plenário

Presidente da Câmara Municipal de Itaguaí encerrou sessão após discussão de vereador com um morador que acompanhava os trabalhos do Legislativo

A sessão desta terça-feira (28), da Câmara Municipal de Itaguaí (CMI), foi marcada por embates entre a base governista e a oposição, mas nada que se comparasse à discussão envolvendo o vereador Júnior do Sítio (PV) e um morador da cidade. Porém, antes de tudo isso acontecer, os comentários na assistência davam conta de que a sessão não seria realizada, já que o painel eletrônico não estava funcionando e alguns vereadores só ocuparam suas cadeiras meia hora após o horário previsto para o início dos trabalhos. Até aí tudo bem, mas quando começou a leitura dos documentos da ordem do dia, os ânimos se exaltaram. O primeiro embate entre a base governista e a oposição ocorreu após a solicitação do vereador Haroldo de Jesus (PSDB) para que os requerimentos, indicações e as moções de congratulações fossem votadas em bloco, com o argumento de que a pauta estava extensa. Sendo assim, só seriam votados normalmente os pareceres e requerimentos de informações.

FOTO WELINGTON CAMPOS
VEREADOR JÚNIOR do Sítio se retira após bater boca com um morador que o chamava de mentiroso

Antes de o presidente da mesa acatar o pedido do parlamentar, o vereador Willian Cezar (PSB) solicitou que pelo menos os nomes dos homenageados com as moções fossem lidos. Aprovado o pedido para votação em bloco, a sessão prosseguiu com a apreciação do requerimento de informações do vereador Waldemar Ávila (PHS), que cobrava explicações do prefeito Carlo Busatto Júnior (MDB), o Charlinho, relacionadas às verbas destinadas à saúde. Ao entrar em votação o documento acabou rejeitado por oito votos contrários e sete favoráveis.

Em seguida, o vereador Ivan Charles (PSB), que preside a Comissão Especial Processante (CEP) 002/2019, usou a tribuna para solicitar a retirada do seu requerimento de informações da pauta do dia. Ele aproveitou para esclarecer que a CEP que trata das irregularidades na saúde do município procedeu, na terça-feira (28), a primeira diligência no Hospital Municipal São Francisco Xavier (HMSFX).  “Inclusive nos dias 3 e 4 de junho a CEP vai ouvir as 10 testemunhas que foram arroladas pela defesa do prefeito para seguimento dos trabalhos da comissão processante da saúde”, informou Ivan Charles.

Na sequência, o vereador Carlos Kifer (PP) também usou a tribuna, mas para ressaltar que se já existe uma comissão processante para tratar das irregularidades na saúde, não há necessidade de em todas as sessões serem apresentados requerimentos de informações. “É só participar das reuniões da CEP e pedir a comissão para questionar”, sugeriu o parlamentar.

Não satisfeito com a sugestão do colega, o vereador Waldemar Ávila, autor do requerimento de informações rejeitado, voltou à tribuna e disse que as decisões cabem a ele. “Não é nenhum vereador que vai dizer para mim o que eu tenho que fazer no meu mandato”, retrucou.

Daí por diante os embates foram ficando exaltados até que começaram a causar indignação entre o público. Àquela altura, quem acompanhava a sessão começou a cobrar respeito à assistência. Tanto o vereador Willian Cezar, quanto o vereador Waldemar Ávila seguiram o colega Ivan Charles e solicitaram a retirada de parte das suas indicações da pauta do dia. De volta à tribuna, o vereador Carlos Kifer disse que os vereadores da oposição estavam retirando os documentos da pauta do dia porque não teriam quórum para ganhar na votação. “É válido. Eu respeito! É uma estratégia política, pois se colocar em votação vai perder, retira-se de pauta”, ironizou.

Após a aprovação das indicações, colocadas para votação em bloco, um morador um tanto exaltado, começou a chamar o vereador Júnior do Sítio de mentiroso. O parlamentar foi até o morador para saber o porquê das agressões verbais e o clima ficou tenso, com acusações de ambos os lados.  Para evitar maiores problemas, já que a discussão tomou conta e chamou a atenção de todo o plenário, o presidente da casa, Rubem Vieira (Podemos), encerrou a sessão alegando impossibilidade de continuar por causa do tumulto que a discussão causou.   

Redação

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