Seropédica: Polícia Federal prende suspeito em operação contra extração mineral ilegal

O investigado responderá por usurpação, uso de documento público falso e falsidade ideológica

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), a Operação Dunas a fim de combater a extração mineral ilegal em Seropédica e na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na ação conjunta, que teve apoio de outros órgãos, o responsável pela empresa por trás da atividade irregular acabou preso em flagrante no local – o endereço não foi revelado.

Segundo a PF, o investigado – que também não teve a identidade divulgada – responderá por usurpação de bens da União e por executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida.

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O total da pena de detenção pode passar de 10 anos – ele foi conduzido à Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro para lavratura do auto de prisão.

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Além de tais crimes, ele responderá ainda pela prática de diferentes crimes ambientais. A PF aponta evidências não só de exploração de minério, mas também de retirada irregular de areia para comercialização. Por causa dessas ilegalidades, segundo a PF, há fortes indícios de que a extração clandestina vinha causando o aumento do afloramento do lençol freático da região.

Após a prisão do investigado, a Operação Dunas – cujo nome faz alusão a montanhas de areia extraídas ilegalmente com destino à construção civil – segue para análise de todo o material apreendido nesta quinta com a finalidade de descapitalizar o grupo criminoso que explora a região e “causa graves, incalculáveis e irreparáveis prejuízos ao meio ambiente”.  A PF não informou se o investigado pertence a alguma milícia de Seropédica.

Os agentes prenderam o investigado em flagrante no próprio local onde acontecia a exploração (Divulgação/PF)

DESDOBRAMENTOS

Em agosto do ano passado, a Delegacia de Meio Ambiente da PF e o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) já haviam constatado a atividade, sem licenças, com um grande maquinário, incluindo dragas flutuantes, caminhões, tratores, retroescavadeiras e silos. Na ocasião, vários equipamentos também foram apreendidos.

Desde então, as investigações apontaram que o local é explorado irregularmente desde 2012, com uma arrecadação total que chega a R$ 300 mil em tributos ou aproximadamente R$ 29 milhões em faturamento bruto.

Apesar da ação conjunta em 2023, entretanto, a empresa seguiu com as atividades clandestinas até esta quinta, quando ocorreu a nova operação, com apoio do Grupo de Pronta Intervenção (GPI), da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (CORE) e novamente do Inea.

Redação

O Jornal Atual atua desde 2001 nas cidades de Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica, bem como em parte da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, abordando o cotidiano da região e prestando serviço à comunidade da qual está inserida.

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