Justiça do RJ manda soltar pediatra acusado de estuprar ex-namorada
A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar o pediatra Raphael Derossi Ribeiro da Silva, de 44 anos. O médico estava preso preventivamente desde o último dia 25 acusado de estupro contra a ex-namorada e saiu da cadeia na terça-feira (18).
Raphael, que trabalhava na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Itaguaí antes de ser detido pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), deixou o sistema prisional após decisão da desembargadora Monica Tolledo de Oliveira.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o médico – que também era diretor de serviços de saúde do Grupo Cemeru Saúde – cometeu diversos abusos contra a ex-companheira entre 2018 e 2020. De acordo com as investigações, ele a dopou com ansiolíticos; a agrediu, xingou e humilhou várias vezes; exigiu o compartilhamento de localização dela no celular; e quebrou seu aparelho telefônico.
As denúncias que o Ministério Público do estado fez contra o pediatra são de estupro, estupro de vulnerável, lesão corporal e violência psicológica. A propósito, há outras anotações criminais contra ele por casos de agressão e estupro em 2001, 2008, 2012, 2018 e 2021.
MEDIDAS CAUTELARES
Agora, Raphael Derossi responde ao processo, que corre em segredo de Justiça, em liberdade.
Ele, no entanto, terá que cumprir condições. São elas: manter ao menos 200 metros de distância da vítima e seus familiares; não ter qualquer contato com a vítima por meios de comunicação; não frequentar os locais de moradia ou trabalho da vítima e de seus familiares; e comparecer mensalmente em juízo para prestar conta das próprias atividades.
À época da prisão do médico, a Prefeitura de Itaguaí emitiu nota para o ATUAL em que diz o seguinte (na íntegra): “A Prefeitura de Itaguaí se solidariza com a vítima e esclarece que o médico não faz parte do quadro de funcionários do município. É contratado da OS que administra a UPA. A Secretaria municipal de Saúde, entretanto, solicitou o desligamento do profissional”.