Adiada votação sobre descongelamento dos direitos dos servidores
Estratégia focada na correlação de forças entre contrários e partidários da proposta foi decisiva para transferência da sessão
Mais uma vez se frustraram os servidores municipais que foram à sessão da Câmara Municipal de Itaguaí (CMI), para acompanhar a votação dos pareceres sobre a revogação dos dispositivos das Leis 3.606 e 3.607, de autoria dos vereadores Willian Cezar (PSB) e André Amorim (PR). Essas leis foram as que congelaram os direitos dos servidores. Contudo, a votação não aconteceu, uma vez que os próprios autores solicitaram a retirada dos pareceres da pauta do dia, alegando a ausência do colega Waldemar Ávila (PHS). Assim, eles se livraram de uma possível rejeição dos pareceres pela base governista, que estava em maioria.
Apesar da frustração dos servidores que vêm acompanhando as últimas sessões para tentar sensibilizar os parlamentares da base governista a aprovarem a revogação dos dispositivos das Leis 3.606 e 3.607 para reaverem os seus direitos, eles acabaram entendendo a estratégia dos autores. A pressão sobre os parlamentares da base governista deverá ser ainda maior na próxima sessão, quando os pareceres vão retornar à pauta.
Polêmicas à parte, quem teve motivo para comemorar foi o vereador Ivan Charles (PSB), que teve aprovada por unanimidade sua indicação para que o Poder Executivo providencie melhorias na estrutura predial da residência terapêutica da Saúde Mental, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde, localizada no bairro Vila Margarida.
Segundo o vereador, o espaço está abandonado pelo poder público, com infiltração, vazamento na laje e precariedade na rede elétrica, colocando em risco a vida dos usuários. “Além da falta de medicamentos controlados, essas pessoas estão em um local totalmente insalubre. São 11 pessoas que moram naquele espaço e que precisam de atenção. Já se passaram dois anos e seis meses desse governo e essas pessoas não podem conviver num espaço precário. Os profissionais fazem um ótimo trabalho de atendimento, mas o espaço está inviável”, denunciou Ivan Charles.
Apesar da extensa pauta da sessão desta terça-feira (11), com vários requerimentos, indicações e pareceres, os trabalhos transcorreram sem nenhuma discussão polêmica semelhante a que aconteceu na sessão do dia 4 de junho.