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“Projeto sim, elas existem” defende presença feminina no time Bolsonaro

PARTICIPAÇÃO

Duas representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) entregaram a Luciano de Castro, responsável no MME pela transição por parte do governo Jair Bolsonaro, uma lista com 163 nomes de mulheres capacitadas para ocupar cargos de chefia no ministério, em agências reguladoras e estatais do setor. A ideia é dar a chance de o próximo governo nomear mulheres para os cargos de liderança. 

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Apresentada pela diretora de Programa da Assessoria Especial de Assuntos Econômicos, Agnes da Costa; e pela consultora Jurídica, Renata Isfer, ambas do MME, a lista inclui o nome da técnica industrial Ana Cláudia, que trabalha na Nuclep, em Itaguaí. O documento faz parte do “Projeto sim, elas existem!”, que tem como principal objetivo a ampliação das chances de o próximo governo nomear mulheres para os cargos de liderança. A iniciativa emerge contra o argumento de que não existem mulheres com essas competências.

O governo Jair Bolsonaro já anunciou oficialmente a indicação de cinco ministros para compor sua administração. Tereza Cristina (DEM/MS) era, até a quarta-feira (14), a única mulher a fazer parte do quadro de ministros, que já contava também com Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional); Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), e Fernando Azevedo e Silva (Defesa).

De acordo com representantes do movimento feminino, o MME foi criado em 1961 e, de lá para cá, teve 26 ministros comandando a pasta. A ex-presidente Dilma Rousseff foi a única mulher a comandar a pasta nesses 57 anos. Maria das Graças Foster foi a única secretária da pasta até semanas atrás, quando Maria José Gazzi assumiu a secretária de Geologia, Mineração e Transformação Mineral.

Ainda segundo as participantes do “Sim, elas existem!”, nas agências reguladoras o quadro não é diferente. Atualmente não há nenhuma mulher na direção de órgãos como a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Annel) e a Agência Nacional de Mineração. Magda Chambriard e Joísa Dutra foram as únicas diretoras da ANP e Aneel, respectivamente, desde a criação das agências. Elisa Bastos, do próprio MME, tende a ser a única mulher indicada por Michel Temer para uma direção de agência reguladora de energia. A indicação já saiu, mas patina e pode não acontecer mais. Temer já indicou 13 diretores para as agências de energia.

 

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Redação

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