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PRF diz que radares da Rio-Santos não têm previsão para operar

Quem passa com frequência pela Rio-Santos (BR-101), especialmente na altura de Itaguaí e Mangaratiba, percebe a movimentação de funcionários da CCR RioSP, concessionária da rodovia. Todos os serviços em andamento são de interesse da população, mas um em especial promete atrair mais atenção, já que envolve segurança e bolso: a instalação de novos radares fixos de fiscalização eletrônica de velocidade, cujo processo está em fase de estudos técnicos – e já suscita questionamentos.

O ATUAL entrou em contato com a CCR RioSP, que confirmou a montagem dos equipamentos. A companhia, no entanto, destacou que, conforme o contrato de concessão, tem os deveres apenas da instalação e da manutenção. A operação dos radares – previstos no Programa de Exploração da Rodovia (PER) das novas concessões de rodovias federais – é responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal.

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É a PRF também quem define, mediante análises, os locais onde as câmeras vão ficar. Em nota de esclarecimento à reportagem, a PRF informou que define os pontos “com base nos índices de criticidade e ainda considerando a quantidade e características de acidentes graves historicamente registrados”.

No texto, a PRF também destacou que o processo de implementação dos radares está “em fase de conclusão dos levantamentos e estudos técnicos para operação”. Ainda de acordo com a corporação, ainda não há prazo para que a fiscalização tenha início.

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MOTORISTA SURPRESO

O ATUAL tentou apurar com a CCR RioSP o total de equipamentos que vão fiscalizar a rodovia, sobretudo em Mangaratiba e Itaguaí. A concessionária alegou que quem cuida da instalação é uma terceirizada e que, portanto, não tem tal número.

A PRF, ao receber o mesmo questionamento, apenas reforçou que “o processo ainda encontra-se em fase de levantamentos e estudos técnicos” e que “não há nenhum radar fixo em funcionamento” nos dois municípios.

Radar na altura do bairro Brisamar, em Itaguaí (Raphael Cendon/Arquivo pessoal)

Já o taxista Raphael Cendon, que trafega diariamente pela Rio-Santos, contou à reportagem que, até o momento, já é possível avistar seis câmeras. Ele, a propósito, questiona as escolhas da corporação na distribuição dos radares.

Por exemplo, ao longo de todo o trecho de Mangaratiba, que tem 47 quilômetros, segundo o Google Maps, são apenas dois: em Muriqui e no trevo da Praia do Saco. Já em Itaguaí, com 18 quilômetros, há quatro nos seguintes bairros: Brisamar (perto do posto Forza), Engenho (próximo ao restaurante Don Zelittu’s) e Coroa Grande (no trevo e na região de Itinguçu, 50 metros depois do trevo de Itacuruçá, sentido Rio de Janeiro).

E a confusão, segundo Raphael, fica ainda maior se o motorista fizer uma comparação com os pontos onde estavam os antigos aparelhos. Ele conta que, em Muriqui, por exemplo, havia fiscalização nos dois sentidos. Mas agora, o radar está apenas na subida rumo à capital fluminense – confira no vídeo acima.

A ausência do limitador de velocidade na descida, para quem segue para Angra dos Reis, causou surpresa, já que a incidência maior de acidentes seria nesse sentido: “O mais importante é na descida, mas colocaram na subida”, observa o taxista, que atua na região há quase 15 anos.

Segundo o taxista Raphael Cendon, ainda não há radar no trecho de descida em Muriqui, à direita, local suscetível a acidentes (Raphael/Cendon Arquivo pessoal)

Ainda de acordo com o condutor, outro exemplo que o deixou confuso foi o do trevo de Coroa Grande: “No sentido Mangaratiba, colocaram o radar antes da entrada. Mas sentido Rio, colocaram depois da entrada do trevo”, complementa Raphael, acrescentando que a distância entre cada câmera seria de aproximadamente cinco quilômetros apenas.

O ATUAL levou os questionamentos do condutor à PRF e também perguntou se há previsão para novas instalações. A Polícia Rodoviária Federal retornou reiterando que a “instalação de radares fixos obedece ao previsto na legislação, sendo realizados levantamentos e estudos técnicos para o posicionamento”.

Luiz Maurício Monteiro

Repórter com mais de 15 anos de trajetória e passagens por diferentes editorias, como Cidade, Cultura e Esportes.

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