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Parecer que reduz de 17 para 13 vereadores é aprovado

A sessão ordinária de terça-feira (16) da Câmara Municipal de Itaguaí (CMI) foi marcada pela aprovação do parecer da Comissão Constituição, Justiça e Redação (CCJR), deliberada pelo vereador Noel Pedrosa (Avante), que opinou pela constitucionalidade sobre o projeto de subemenda que altera o artigo 45 da Lei Orgânica Municipal reduzindo de 17 para 13 vereadores na CMI, proposta apresentada pelo vereador Gil Torres (Podemos).

A subemenda apresentada na semana passada pelo vereador Noel Pedrosa, propondo a redução das cadeiras de 17 para 11, não entrou na pauta do dia, o que deve ocorrer na próxima sessão. Dezenas de pré-candidatos acompanharam a votação da proposta, que seguirá tramitando na CMI.

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Contrário à redução do número de cadeiras, o vereador André Amorim (PR) defendeu que a proposta é inconstitucional.  Segundo o parlamentar, a Constituição da República destaca no Artigo 16 que a lei que altera o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. “No meu entender, a proposta altera o processo eleitoral e o número de vagas para vereadores. Porém, ao alterar o número de vagas, altera o coeficiente eleitoral, alterando o processo eleitoral. Essa casa já viveu no passado um caso semelhante, com a redução para 11 vereadores e, um ano depois, a Justiça determinou para 17 vereadores”, ressaltou ele, lembrando que o Artigo 29 – Inciso IV da Constituição também determina que haja 17 vereadores nos municípios de mais de 80 mil habitantes e de até 120 mil habitantes. “Ela fixa esse número em 17 e não fala em até 17. O município hoje já tem mais de 120 mil habitantes”, acentuou André Amorim, alertando o vereador Noel Pedrosa que apresentou uma subemenda para reduzir de 17 para 11 cadeiras, proposta que ainda está tramitando.

Para o vereador Genildo Gandra (PDT), a emenda à Lei Orgânica não é inconstitucional, por não se tratar de uma lei eleitoral. “Quem pode propor uma lei eleitoral é o Congresso Nacional. A nossa lei sobre aumento ou diminuição de cadeiras é uma lei municipal. Portanto, ela não é inconstitucional já que ela não altera o processo eleitoral em outro município”, disse.

Já o vereador Carlos Kifer (PP) ressaltou que discordava das colocações dos colegas, apesar do respeito com os parlamentares que o antecederam. Ele destacou que a Constituição diz que para a composição das câmaras será observado o limite máximo. “Então, o máximo é o máximo, não pode ser mais do que o máximo, agora o menos pode. Sou contra a redução do número de cadeiras, mas não entendo que seja inconstitucional essa pretensão dos vereadores, que ainda será discutida nas comissões. Sou contra a redução de cadeiras, por entender que quanto mais parlamentares melhor. Sou contra a redução do salário dos vereadores e sou contra a redução do repasse do Legislativo com base na independência dos poderes”, salientou.

Após a leitura do documento e dos debates de vereadores prós e contras a proposta, o parecer foi colocado em votação. Por 11 votos favoráveis e quatro contrários, o parecer foi aprovado. O total de 15 vereadores presentes na hora da votação se deveu à ausência do vereador Vinícius Alves, que não compareceu; e do vereador Willian Cezar que se retirou do plenário, minutos antes da votação.

RELEMBRANDO O CASO

A proposta da redução de parlamentares na CMI foi feita pelo vereador Gil Torres, durante a sessão do dia 15 de outubro. Na ocasião, o parlamentar destacou que o município está cheio de políticos com discurso bonito e com propostas para encher linguiça, e tudo isso, no final das contas só proporcionará benefícios para eles próprios. “Estou propondo a redução dos parlamentares da cidade de Itaguaí, diminuindo significativamente seu número atual de 17 para apenas 13 vereadores, e com isso, fui muito criticado por diversos grupos de pré-candidatos e seus seguidores, porque a maioria entra para a política em busca de dinheiro e nada mais”, defendeu Gil Torres em postagem no dia 23 de outubro em sua página no facebook.

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Gil Torres explicou tanto na tribuna da CMI, quanto na sua página no facebook, caso a proposta fosse aprovada, ele gostaria de ver quem realmente se importa com o povo de Itaguaí. O vereador também havia proposto a redução de salário dos parlamentares, do prefeito, vice-prefeito, secretários e subsecretários. “Porque, além de propor a redução dos vereadores, também propus um projeto na câmara para diminuir o salário dos mesmos, incluindo o meu, de R$12.500,00 para apenas R$ 5.000, 00. No projeto também inclui a diminuição do salário do prefeito de R$ 20.000, 00 para apenas R$ 5.000, 00 do vice-prefeito para apenas R$ 3.000, 00 e dos secretários também para R$ 3.000,00. É tanta gente ganhando muito dinheiro e não resolvendo nada na cidade”, completou o vereador.

Redação

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