Horta inclusiva conecta sustentabilidade e capacitação ambiental

Projeto laureado com prêmio de responsabilidade social inclui PcDs em horticultura colaborativa

O projeto Horta Inclusiva, do Porto Sudeste, recebeu, na última quarta-feira (18), o prêmio “Portos e Navios de Responsabilidade Socioambiental”. A iniciativa, que trabalha com a inclusão de pessoas com deficiência (PcD) nas atividades de plantio e a distribuição dos alimentos, recebeu menção honrosa da premiação. A Horta Inclusiva é um desdobramento do Programa Hortas, que, criado em 2018, promove conscientização ambiental em comunidades escolares e institucionais.

Menino plantando uma muda na horta
A Horta Inclusiva nasceu com o foco de tornar os espaços de cultivo um ambiente terapêutico e pedagógico (FOTOS DIVULGAÇÃO)

A proposta do Horta Inclusiva nasceu com um foco: tornar os espaços de cultivo – com seu ritmo natural, diversidade sensorial e práticas colaborativas – um ambiente terapêutico e pedagógico potente para a comunidade. Para pessoas com deficiência, os encontros efetuam a inclusão por meio do cuidado com a terra, do contato com a natureza e da participação ativa na construção de um espaço comum.

Menino na horta
Os participantes foram selecionados como multiplicadores e passaram por um ciclo de 15 encontros formativos

Duas unidades beneficiadas

O projeto já é realidade em duas unidades: a Escola Municipal Elmira Figueira, com foco em estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA); e a Apae, com adultos com deficiência intelectual, auditiva e síndrome de Down. Nessas instituições, os participantes foram selecionados como multiplicadores da horta e passaram por um ciclo de 15 encontros formativos. Além disso, cada unidade contou com a formação de “padrinhos da horta”. São educadores que promovem o engajamento da comunidade escolar e das famílias na manutenção e uso pedagógico dos espaços de cultivo.

Diretora destaca espaço de inclusão

Gerente de Assuntos Corporativos e Responsabilidade Social do Porto Sudeste, Carla Matos destacou a importância do projeto. “A horta, nesse projeto, vai muito além da produção de alimentos. Ela se torna um espaço vivo de inclusão, aprendizado e pertencimento. Com o acompanhamento de educadores ambientais e atividades pensadas para diferentes realidades, os participantes ampliam suas habilidades cognitivas, motoras e socioemocionais. Mais do que isso, é um ambiente que promove a convivência entre de diferentes origens. Isso reforça os vínculos comunitários e a importância da educação para a diversidade. O reconhecimento pelo prêmio de Responsabilidade Socioambiental, reforça ainda mais a relevância e o impacto dessa iniciativa na comunidade de Itaguaí”, enfatizou ela.

Proposta de engajar novas escolas

Nos próximos meses, o projeto entrará em uma nova fase, com instalação de hortas acessíveis para cadeirantes e a ampliação do número de participantes com deficiência visual. Também haverá a construção de materiais pedagógicos acessíveis sobre horticultura inclusiva e sistematização de indicadores de impacto social e ambiental. A iniciativa também fortalece sua sustentabilidade com a ampliação da rede de padrinhos das hortas, para promover maior engajamento em novas escolas.

Leia também: Alunos de Itaguaí se alimentam de horta cultivada por eles

Renato Reis

Renato Reis é bacharel em Comunicação Social, graduado em Jornalismo pela Universidade Gama Filho e atua como editor da edição digital do Jornal Atual.

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