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Lembranças de Garrincha, eterna “Alegria do Povo”

Niland Carneiro

 

Neste momento em que as atenções dos torcedores e da maioria da mídia futebolística se direcionam para pontos futuros, permito-me ir na contramão e retornar a um passado não muito distante. Reporto-me ao dia 28 de outubro de 1983, data em que o mundo e o futebol perdiam Manoel Francisco dos Santos, o extraordinário Garrincha. Ninguém, nem antes nem depois, encantou tanto as multidões quanto ele, sozinho, ao levar sua alegre magia aos estádios de todos os cantos do planeta.

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Imprevisível

“Seu Mané”, como passou a ser carinhosamente chamado, era capaz de desmontar estudados esquemas defensivos criados por “professores” da época, que chegavam a determinar, sem sucesso, marcações duplas e triplas para contê-lo. Até computadores foram usados para encontrar meios de anulá-lo. Quando mexia suas tortas pernas, os corpos dos marcadores, certamente, partiam para o lado oposto, abrindo caminho para sua caminhada ou para servir a um companheiro bem colocado.

 

Inigualável

Foram tantos os feitos dessa legendária e doce figura, nascida em 1933, num exato 20 de janeiro, Dia de São Sebastião, que a facilidade e a simplicidade com que criava sua arte foram definidas por muitas personalidades, como Jô Soares, que assim disse: “Garrincha parado já é um drible”. Alvo de crônicas, documentários, filmes e livros, os mais variados autores, volta e meia batizavam-no, com notáveis adjetivos.

 

Inspirador

Exemplo marcante dessa obsessão que o povão e a intelectualidade possuíam em busca de palavras e frases para elogiá-lo foi a deixada pelo poetinha e diplomata Vinícius de Moraes. Num dos grandes momentos de inspiração, ele qualificou Garrincha como “O anjo das pernas tortas”. O autor, além de considerar o colega também artista, levou em consideração a candura do “Seu Mané”, este senhor dos gramados.

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Celestial

Muito ainda há o que se falar sobre este monstro sagrado dos campos de várzea de Pau Grande, 6º Distrito de Magé, onde nasceu e se criou, e de lá partiu para dar shows nos mais sofisticados estádios do mundo. Repito e lembro que, na terça, 28/10, sua ausência fez 36 anos. E fecho o espaço com a análise de Nelson Rodrigues, outro saudoso gênio: “Garrincha transcende todos os padrões de julgamento. Estou certo de que o próprio Juízo Final há de sentir-se incompetente para opinar sobre o nosso Mané”.

Redação

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