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Fiocruz faz parceria para desenvolver projeto de medicamento inovador contra o HIV

A Unitaid, agência global ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), vai investir no Brasil dez milhões de dólares para financiar a execução do projeto Profilaxia Pré-exposição (PrEp), que consiste no uso injetável do medicamento Cabotegravir de ação prolongada para prevenir a infecção pelo vírus HIV. Considerada a mais recente inovação contra a Aids, a PrEP Injetável se mostrou mais eficaz que a PrEP oral diária na redução de risco de infecção pelo vírus, com apenas seis injeções por ano.

A implementação se dará em uma parceria da agência Unitaid com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o projeto vai ser coordenado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e pelo Ministério da Saúde.

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SOBRE O MEDICAMENTO

O Cabotegravir de ação prolongada propicia oito semanas de proteção contínua contra a infecção pelo vírus por meio de uma única injeção intramuscular. Isso fornece uma alternativa à PrEP oral, que pode reduzir o risco de infecção pelo HIV em 99%, mas apenas quando tomada conforme prescrito: uma vez ao dia ou antes e depois do sexo.

A PrEP é a combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina) que bloqueiam alguns “caminhos” que o HIV usa para infectar o organismo. A medicação pode impedir que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo.

A Fiocruz explica que a PrEP injetável, além de facilitar o tratamento, ajuda a mitigar o medo de que os comprimidos sejam interpretados como tratamento do HIV e façam com que o usuário sofra estigma, discriminação ou violência por parceiro íntimo como resultado.

NO BRASIL

Dados indicativos da Unitaid mostram que 694 mil pessoas estão em
tratamento contra o HIV no país. Apenas no ano passado, 45 mil novos pacientes
iniciaram a chamada terapia antirretroviral. Um índice de contágio muito alto
e, por este motivo, a Unitaid escolheu o país para ser o segundo pioneiro no
projeto, além da África do Sul.

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No Brasil o projeto terá como público alvo os grupos mais vulneráveis à infecção pelo HIV: homens que fazem sexo com homens e mulheres trans, de 18 a 30 anos.

INTERNACIONAL

Além do Brasil, a Unitaid também selecionou a África do Sul para implantar o projeto, e neste país será disponibilizado para adolescentes e jovens mulheres. Segundo a Fiocruz, na África Subsaariana, seis em cada sete novos casos de infecção em adolescentes ocorrem em mulheres jovens. Os dados indicativos mostram que elas têm o dobro do índice de contaminação em relação a homens jovens.

Os dois países vão adotar o tratamento de forma integrada a seus programas nacionais de saúde, e os dados gerados devem servir de apoio para a implantação global do programa. A meta das Nações Unidas é fazer com que a prevenção alcance 95% das pessoas com risco de infecção em 2025.

 

 

Redação

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