Derrota do Brasil vira munição para palpiteiros
Palpiteiros e analistas de plantão entraram em campo após a derrota do Brasil e, ouriçados, colocaram suas mais variadas opiniões sobre o jogo, algumas até certo ponto coerentes, outras deselegantes, estapafúrdias e curiosas. Talvez irritados por ter ficado acordada até alta madrugada para ver um peladão de campo de várzea, a maioria dos “professores” deitou e rolou falação, buscando mostrar as causas do resultado de 1 x 0 para a seleção peruana.
Pessimismo
Muricy Ramalho, por exemplo, agora travestido de comentarista, observou que o Brasil não irá a lugar nenhum, caso não comece a enfrentar equipes de qualidade superior a do Peru. Para ele, o vitorioso adversário ainda jogou sem sua maior estrela, o decadente atacante Guerrero, como se o catimbeiro jogador fizesse diferença. Lá uma vez ou outra ele empurra umazinha pra dentro. Muricy, dá um tempo. Assim, você tropeça no óbvio.
Assistentes
“Fritadores” de Tite não perderam a chance e também entraram no rol dos críticos, falando que ele escalou mal, que não soube distribuir o posicionamento de cada um em campo, enfim, as baboseiras de sempre, daquelas de quem não tem o que falar. Esqueceram de dizer que o time que perdeu, poucas vezes jogou junto e que não estava valendo nada. E o principal: que os peruanos não tinham ido a campo pra bater palmas para Neymar e companhia.
Reconhecimento
É bom que os coveiros de Tite fiquem sabendo que, mesmo saindo com o placar favorável, o treinador peruano Ricardo Gareca não poupou elogios à nossa seleção. Em entrevista após a partida ele disse o seguinte: “Não sei se merecíamos ganhar o jogo. Porque foi muito disputada a partida e o Brasil criou as melhores chances de gol”. Ou seja, o “professor” deles viu um jogo completamente diferente do que o visto pelos “nossos”. Esquenta, não, Tite. Chupem essa.
Batalhas
A última rodada do turno do Brasileirão (19ª) será aberta sábado, às 17h, no Maraca, com o partidaço Flamengo x Santos. Para o Mengão manter a liderança basta o empate. O Santos está a dois pontos de diferença. Os outros jogos são Chapecoense e Vasco, lá, sábado às 19h; Ceará e Botafogo, sábado, 19h, no Castelão; e Fluminense e Corinthians, domingo, no Engenhão, às 16h. Como se vê, nenhum carioca terá moleza, nem o líder, Flamengo. O rubro-negro está consciente de que, se der mole, perde o posto.