Cidades da região devem repensar poder da representatividade
Conhecidos os resultados das urnas eletrônicas no domingo (7), ficou evidente o prejuízo que a região obteve no que se refere à representação parlamentar. Itaguaí, por exemplo, que tinha o deputado federal Alexandre Valle (PR), com atuação voltada para interesses regionais não conseguiu a reeleição, deixando as cidades órfãs de parlamentares radicados na região, que em passado recente tinha também no exercício de mandato federal, na condição de suplente, o empresário e administrador Wilson Beserra (MDB), de Seropédica, somando dois parlamentares federais em nível nacional.
No que se refere à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a situação é ainda pior, pois a efêmera passagem do pastor Aramis Brito (PHS) pelo Legislativo estadual, na condição de suplente, acabou não se repetindo efetivamente, dada a insuficiência de votos para reconduzi-lo à Alerj. Nem mesmo o ex-prefeito Weslei Pereira, que se candidatou pelo PSB, obteve êxito, por conta da pulverização de votos por várias candidaturas distribuídas entre políticos de Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica (veja os quadros das votações de candidatos da região), além dos forasteiros que, com bem montada estrutura de campanha, vêm para cá amealhar preciosos votos.
Uma questão que sobressai quando o assunto é a representatividade de uma determinada região é a do voto distrital, sistema em que cada membro do parlamento é eleito individualmente nos limites geográficos de um distrito pela maioria dos votos. O assunto, aliás, é tema recorrente nas propostas de reforma política discutida país afora. Para ter uma ideia da importância desse tipo de voto basta conferir os resultados do último pleito. Ali é possível perceber que entre os eleitos como deputados estaduais cinco estão entre os 10 mais votados em Itaguaí e Mangaratiba. Já das urnas de Seropédica saíram direto para a Alerj três nomes como os mais votados na cidade.
Dentre os eleitos para a Câmara dos Deputados Itaguaí ajudou a impulsionar seis nomes como os mais votados em suas urnas, enquanto Mangaratiba e Seropédica deram essa decisiva contribuição para carimbar o passaporte de quatro deputados federais eleitos.
Os mais votados, mas sem chegar lá
Dois exemplos de candidatos à Câmara dos Deputados e dois à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que, embora com votação expressiva, não conseguiram ascender ao mandato por meio das urnas. Terceiro suplente pelo PR, Alexandre Valle teria garantido o mandato se estivesse no Avante, no PDT, ou no Psol. O emedebista Wilson Beserra também chegou à terceira suplência.
RENATO REIS
renato.reis@jornalatual.com.br
Bancada de deputados estaduais na próxima legislatura será renovada em 51%
Com o resultado das eleições de domingo, a bancada de representantes na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) terá uma renovação de 51% a partir do ano que vem. A composição da próxima legislatura contará com 34 deputados reeleitos e com 36 parlamentares que começarão seu primeiro mandato.
A maior bancada será do PSL, com treze deputados. Depois vem a bancada do Democratas, com seis parlamentares, seguida pela do PSol com cinco.
Um dos destaques determinados pelo resultado da eleição foi o crescimento da bancada feminina na Alerj. Na próxima legislatura serão 12 mulheres, um aumento de 33% em relação