Câmara de Mangaratiba abre processo de cassação do vereador Juninho de Jacareí
A Câmara de Mangaratiba abriu um processo de cassação do mandato do vereador Juninho de Jacareí (Nelson Kopke de Jesus, DEM) no último dia 6 de junho. A decisão de abrir o procedimento interno foi unânime. Juninho, que está preso desde 15 de março, é acusado de matar Marcos Vinícius Antônio Mendonça, de 19 anos, e de atirar contra Leandro Honório Longuinho, de 25 (que sobreviveu). O crime aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2023. Em março deste ano, a polícia afirmou ao ATUAL que havia concluído e enviado o inquérito para a Justiça.
LEIA SOBRE A ACUSAÇÃO AO VEREADOR JUNINHO DE JACAREÍ:
A comissão parlamentar com a incumbência de analisar o pedido de cassação tem o vereador Nilton Santiago Barros como presidente e deve apresentar conclusão em até 90 dias. O relator é o vereador João Felippe de Souza Oliveira (Republicanos).
O processo inclui investigação e defesa, com produção de um relatório final que pode decidir ou não pela cassação, a depender do entendimento dos parlamentares, que vão votar pela procedência ou não do relatório.
O pedido para cassar o mandato de Juninho de Jacareí, que obteve carimbo de protocolo no dia 31 de maio, partiu de Luciê Alves de Araujo, avó do rapaz morto.
Um dos parágrafos do documento com o pedido de cassação diz o seguinte: “Incompreensível o fato de essa Casa de Leis, a Casa do Povo de Mangaratiba, não ter adotado nenhuma providência legal para dar azo ao processo de cassação do Vereador Juninho de Conceição de Jacareí”, pelo fato de ter sido preso, acusado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro de ser autor de um homicídio triplamente qualificado consumado e outro tentado, ambos na modalidade execução sumária. Pasmem, foi preciso a avó paterna da vítima fatal tomar providencias cabíveis para a instauração do procedimento, mesmo após o fato ter sido amplamente noticiado pela grande mídia, com repercussão nacional”.
Câmara concedeu licença
Conforme o ATUAL noticiou também em março deste ano, a única providência que a Câmara havia tomado até então foi a concessão de um pedido de licença que partiu do próprio vereador acusado do crime.
LEIA SOBRE A LICENÇA QUE A CÂMARA CONCEDEU AO VEREADOR JUNINHO DE JACAREÍ:
Na ocasião, a reportagem procurou saber até quando duraria a licença que o vereador obteve, mas não conseguiu resposta. Depois, o ATUAL obteve por uma fonte não-oficial a informação de que a licença duraria 45 dias.
Como era suplente de Juninho, Rodrigo Bondim (DEM) assumiu o mandato em 31 de março. Mas ele denunciou que foi alvo de perseguição política. Em 15 de maio último, recebeu um e-mail da presidência com ordens para que ele desocupasse o gabinete. Bondim recorreu à Justiça e garantiu a continuidade do seu mandato.