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Administração de Charlinho em xeque

A sessão ordinária da Câmara Municipal de Itaguaí (CMI) desta terça-feira (26) foi iniciada com mais uma cobrança ao prefeito, dessa vez por parte do vereador Genildo Gandra. O parlamentar iniciou seu pronunciamento reiterando que município está mal administrado e que o atual gestor não olha e não trabalha para a cidade. Foi mais uma oportunidade de Genildo, como ele mesmo admitiu, tornar-se repetitivo nas cobranças por melhorias na saúde, educação e na infraestrutura do município.

O vereador Genildo foi mais uma vez contundente nas cobranças. “As pessoas continuam reclamando da falta de remédios e insumos no Hospital Municipal São Francisco Xavier. A saúde está totalmente abandonada e as pessoas estão morrendo por falta de atendimento. Não é que sejamos repetitivos, não tem como não falar e viver a situação que estamos vivendo hoje e nos calar. São dois anos de governo. Este já é o terceiro ano de mandato, e o que mudou na nossa cidade? Mudou para pior! Hoje temos uma cidade pior do que tínhamos antes. Os absurdos continuam, como, por exemplo, até hoje não foram entregues os uniformes dos alunos da rede pública municipal. Isso é uma vergonha! Qual é a desculpa que o prefeito tem para este descaso com as nossas crianças?”, esbravejou o parlamentar.

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Genildo Gandra destacou também a irregularidade na coleta de lixo, que se arrasta há vários meses. Segundo o vereador, uma creche próxima a sua residência ficou com o lixo acumulado de segunda até sexta-feira para ser recolhido. “As crianças tiveram que conviver com o lixo por cinco dias. Por que o prefeito não acorda e entende que ele é o administrador? A população não merece viver o que está vivendo hoje. O que a gente espera e aguarda é que o prefeito tem que trabalhar e administrar a cidade, porque a população precisa de um governo”, desabafou o vereador.  

Não menos irritado, o vereador Willian Cezar usou a tribuna para apresentar as respostas do Poder Executivo ao seu requerimento de informações sobre a irregularidade na coleta de lixo da cidade. De acordo com o vereador, a prefeitura afirmou que não houve problema com a coleta de lixo. “Como não houve problema se em cada portão há acúmulo de lixo? Sobre as rotas e os dias de coletas, a prefeitura respondeu que são realizadas três vez por semana. Estas respostas não são compatíveis”, disse.

Para vereador, prefeitura desrespeita o Legislativo

Fazendo coro ao discurso dos colegas, o vereador Vinícius Alves classificou como falta de respeito a atitude da prefeitura diante dos reclamos dos vereadores. Ele se referiu às respostas sem nexo aos requerimentos de informações. “Vamos tomar as devidas providências, pois isso aí não é resposta, é ridículo. Vamos cobrar as devidas respostas. Tem que nos respeitar. A partir de hoje o prefeito vai ter que respeitar os vereadores. Já ajudamos durante dois anos o município a levantar. O município está com as contas em dia. Agora não vamos nos submeter a certas decisões. Se ele (o prefeito) não responder como vossa excelência pediu, retorne para ele ou abra alguma coisa processante para que gente possa apurar. Aqui não é lagoa para a gente estar refrescando rabo de pato”, disse Vinícius Alves, em apoio ao colega.  

Sinal verde para políticas em prol de deficientes

Durante a sessão foi aprovado, por unanimidade, parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação ao projeto de lei, de autoria do vereador Ivan Charles, que institui o Cadastro de Identificação das Pessoas com Deficiência no município. O parecer aprovado seguirá os trâmites do Legislativo até a sua aprovação final.  “Esta matéria é de suma importância, pois iremos detectar a demanda existente e desenvolver políticas públicas mais eficazes a esses munícipes”, comemorou o vereador.

Homenagem barrada

Durante a sessão, o grande debate da noite foi relacionado ao projeto de lei do vereador André Amorim, que solicitava a alteração da denominação do Parque Municipal de Eventos de Itaguaí, para Parque Municipal Professor Joaquim Inouê. Apesar de todo o apoio dos vereadores para a justa homenagem, o vereador André Amorim cogitou a retirada do projeto, depois de receber a informação de que a área de lazer já tinha recebido o nome de Jutta Fuhrken, numa homenagem à mãe do empresário Eike Batista. A iniciativa foi aprovada pela Câmara Municipal em 2012. Mesmo assim, diante do parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, cujo relator, vereador Noel Pedrosa, julgou inconstitucional, o projeto foi colocado em votação. Como houve o empate em cinco votos, o presidente da CMI, Rubem Vieira, deu o voto de minerva acompanhando o relator. Em sua página no Facebook, o vereador André Amorim lamentou a decisão. “A Câmara Municipal mantém o nome da mãe de Eike Batista no Parque Municipal, ao invés de homenagear o professor  Joaquim Inouê. Lamentável!”.


O PARQUE Municipal esteve no centro de uma polêmica durante a sessão de terça-feira

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Redação

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