Nova campanha do Governo alerta população para aumento no número de casos dengue

Já há alguns dias está em veiculação em rádios, TVs e canais oficiais a nova campanha do Governo Estadual do Rio de Janeiro contra a dengue. Com a proximidade da Copa do Mundo no Qatar, que começa no dia 20, a Secretaria de Saúde procurou chamar a atenção da população a partir de uma linguagem popular ligada ao futebol. Mas apesar da descontração na peça publicitária – que cita frases como “vira, vira a garrafa” –, o assunto em questão é sério: o aumento de 300% no número de casos no estado em relação ao ano passado.

O Aedes aegypti é o mosquito responsável pela transmissão de arboviroses como dengue, zika e chikungunya (Divulgação/Fiocruz)

O comparativo contabiliza os 10 primeiros meses de cada ano – 1º de janeiro a 16 de outubro. Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinam), 2022 já registrou 10.471 casos e 14 óbitos por dengue. Em 2021, estes números foram 2.613 e quatro, respectivamente.

Já a chikungunya não registrou mortes, mas teve um salto de 24% nas notificações: de 492 no ano passado para 611 neste ano. Somente a zika apresentou redução no período.

Dengue, zika e chikungunya são as chamadas arboviroses, como virologistas classificam doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos. Neste caso, trata-se do Aedes aegypti, que está presente em toda a área urbana e periurbana do estado e tem o fim do ano como período de maior propagação.

PLANO DE CONTINGÊNCIA

Além da campanha inspirada no futebol, o governo publicou também o Plano de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses Urbanas causadas pelo Aedes aegypti 2022/2024. A finalidade do documento é abrir os olhos dos fluminenses para a importância da eliminação dos criadouros: “O plano busca dar uma resposta rápida a uma possível epidemia. Ele também está relacionado com a prevenção à doença. E para isso estamos lançando uma grande campanha de conscientização da população, reforçando a campanha 10 minutos salvam vidas”, explicou Alexandre Chieppe, secretário de Estado de Saúde.

O documento traça estratégias a partir de quatro áreas: gestão, assistência, comunicação e mobilização social. Dentre os objetivos, a Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (Subvaps) cita o monitoramento da circulação viral das arboviroses; a identificação das áreas de maior risco; e a promoção permanente de mobilização social.

Com isso, o governo, pretende, para além das campanhas, reforçar o apoio aos municípios em tarefas como monitoramento de visitas domiciliares; pesquisa do índice de infestação; e distribuição de inseticida, dentre outras ações.

10 MINUTOS

Com a campanha dos 10 minutos, que o secretário Chieppe menciona e que já está em veiculação há mais tempo, a Secretaria de Saúde calcula que é possível reduzir os riscos de proliferação do mosquito por meio das seguintes ações:

– Verificar se a caixa d’água está fechada e bem vedada;

– Deixar as lixeiras tampadas;

– Colocar areia nos pratos de plantas;

– Recolher e acondicionar o lixo do quintal;

– Limpar as calhas;

– Cobrir piscinas;

– Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários;

– Limpar a bandeja externa da geladeira;

– Limpar com esponja as vasilhas dos animais de estimação e trocar a água com frequência;

– Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado;

– Cobrir bem a cisterna;

– Cobrir bem todos os reservatórios de água.

Redação

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