Comitê Guandu dá acesso a imagens de satélite aos municípios

Olhar bem do alto pode ser muito útil. Essa é a premissa do Comitê Guandu-RJ e da empresa Visiona, que, juntos, dão acesso a imagens de satélite para que Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica (dentre outros municípios de abrangência que merecem a atenção do Comitê, a chamada Região Hidrográfica II) possam fazer um diagnóstico da situação florestal. A partir disso, os responsáveis podem elaborar um planejamento de preservação ambiental da Mata Atlântica remanescente nas cidades com mais detalhamento e precisão.

No dia 5 de novembro, o Comitê Guandu-RJ a Visiona (empresa de alta tecnologia) realizaram um workshop sobre utilização da plataforma WebVis. Esta disponibiliza imagens de satélite para download pelos municípios. O evento contou com a participação de cerca de 30 gestores municipais, dos quinze municípios da bacia do Guandu, dentre eles dos municípios de Itaguaí, Seropédica e Mangaratiba.

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MAPEAR PARA PRESERVAR

As imagens permitem o mapeamento dos remanescentes de vegetação nativa e são importantes ferramentas para a elaboração dos Planos Municipais de Mata Atlântica e do Plano Diretor Florestal da bacia, documentos que o Comitê ajuda a criar. Os gestores municipais receberam treinamento para acessarem as imagens e utilizarem outras funcionalidades da plataforma.

A Plataforma WebVis fornece, sem custo aos municípios, imagens de satélites de altíssima resolução. O Comitê Guandu-RJ adquiriu as imagens com o objetivo de realizar um diagnóstico da vegetação nativa a partir do mapeamento dos remanescentes florestais. A ideia é identificar os principais vetores de desmatamento e indicar áreas prioritárias para conservação e recuperação da Mata Atlântica.

PLANO DIRETOR

As imagens são necessárias para a elaboração dos Planos Municipais de Mata Atlântica. Os municípios da Região Hidrográfica II que ainda não tenham esse plano vão elaborá-lo para que se possa preparar um documento mais abrangente, o Plano Diretor Florestal da Região Hidrográfica II.

O cronograma para o projeto é de 26 meses e vai envolver grupos de trabalho municipais, além de equipe técnica da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – Agevap (que faz a gestão do Comitê Guandu-RJ) e do consórcio contratado.

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Ele vai culminar com a elaboração dos Planos Municipais para Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) de 12 dos 15 municípios da bacia, incluindo Itaguaí, Seropédica e Mangaratiba. Trata-se de um instrumento de gestão territorial que visa o desenvolvimento e a conservação ambiental do município.

O objetivo é construir um planejamento que reúna e normatize os elementos necessários à proteção, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica, englobando ações à nível de bacia. Além dos benefícios ambientais, a iniciativa contribui para o aumento de arrecadação das prefeituras, por meio do ICMS Verde, e fundos de restauração da Mata Atlântica.

Com os planos, o Comitê espera prover a estruturação do planejamento integrado e assim contribuir na tomada de decisão para o desenvolvimento sustentável dos municípios. Além disso, vai ajudar também no planejamento para o enfrentamento dos efeitos adversos da mudança do clima, no cumprimento da Lei da Mata Atlântica e do Código Florestal, dentre outros ganhos. A recuperação dos ecossistemas é uma meta do Comitê Guandu-RJ, pois está diretamente ligada à produção natural de água na bacia.

Redação

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