Operação cumpre mandados de prisão contra fraudes em Secretarias de Educação
Investigações identificaram mais de 80 licitações suspeitas de fraude em municípios como Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica
Uma operação conjunta envolvendo o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU), na manhã desta segunda-feira (15) tinha o objetivo de cumprir mandados de prisão contra integrantes de uma quadrilha especializada em fraudes ligadas a licitações, especialmente nas secretarias de educação de Itaguaí, Seropédica, Mangaratiba, Miguel Pereira e outros municípios da Baixada Fluminense.
De acordo com MPF, foram identificados indícios de fraudes em mais de 80 licitações. O prejuízo estimado para os cofres públicos é cerca de R$ 20 milhões.
Além dos mandados de prisão, a Operação Ultraje, como foi chamada, os policiais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão. Ainda segundo o MPF, até o meio dia desta segunda (15), sete pessoas já foram presas e três estão sendo procuradas.
Segundo a procuradora da República, Renata Ribeiro Baptista, que conduz as investigações, a quadrilha atua desde 2013. “Os envolvidos têm atuado em diversos municípios do Rio de Janeiro, em especial os localizados na Baixada Fluminense, destacando-se a variedade de objetos, que vão desde material de papelaria e uniformes até gêneros alimentícios. Todos esses fatores, mais do que demonstrarem a gravidade em concreto dos crimes, autorizam concluir que a associação criminosa tem grande abrangência e permeabilidade no nicho de licitações”, disse.
O Ministério Público Federal informou ainda que empresas que concorrem nas licitações, inclusive as vencedoras, são pessoas jurídicas criadas unicamente para fraudar licitações de municípios da Baixada Fluminense, sendo de fato administradas pelas mesmas pessoas físicas. Ainda segundo o MPF, em diligência realizada nos endereços dessas empresas, a Polícia Federal se deparou com locais incompatíveis com sedes empresariais, tratando-se de simples casas residenciais.
O ATUAL entrou em contato com a assessoria de Comunicação Social da Procuradoria da República no Rio de Janeiro para saber sobre as prisões ocorridas nesta segunda-feira, mas segundo a assessoria, a investigação corre sob sigilo.