Vereador quer que prefeito cumpra lei para qualificar trabalhadores de Seropédica
Aprovada por unanimidade e promulgada pela Câmara Municipal de Seropédica (CMS), a Lei 631/2017, de autoria do vereador Professor Lucas (REDE), sobre a implantação de cursos profissionalizantes nas escolas municipais da cidade, até hoje não saiu do papel. De acordo com o Professor Lucas, ao não cumprir a lei o prefeito Anabal de Souza (PDT) prejudica trabalhadores que necessitam de qualificação profissional; donas de casa que precisam trabalhar para aumentar o orçamento doméstico; e até jovens e estudantes, que poderiam ter oportunidade do primeiro emprego. “Antes de criar a lei, ouvi empresários e eles alegaram que um grande número de trabalhadores que buscam vagas no mercado de trabalho não tem a qualificação necessária. Mostrei aos vereadores que a prefeitura poderia, através de recursos próprios ou em parceria com as empresas, qualificar quem está interessado em ingressar no mercado de trabalho local”, afirma o parlamentar.
Gestora de recursos humanos, Rachel Silva enfatiza que com um grande número de empresas instaladas, Seropédica infelizmente tem a maior parte da mão de obra especializada contratada com moradores de outros municípios. “Existem empresas em Seropédica que possuem mais de 300 funcionários e os trabalhadores seropedicenses não possuem qualificação para competir nas vagas oferecidas”, acentua.
Pela lei do Professor Lucas, o acesso aos cursos seria definido pela prefeitura, buscando quais seriam as vagas de trabalho e o perfil desejado para ocupar estas vagas. Em seguida, ela forneceria o curso, preparando os candidatos e dando-lhes condições de trabalhar nas empresas locais. “A prefeitura de Seropédica poderia utilizar professores e a estrutura física existente na rede de ensino, ou ainda firmar convênios com as empresas que poderiam fazer os cursos, e em seguida absorver essa mão de obra qualificada. Infelizmente, o atual prefeito parece não entender que estamos em crise, com milhares de trabalhadores vivendo de bicos, ou indo trabalhar na capital, embarcando em ônibus lotados e submetendo-se a trabalhar em qualquer tipo de serviço, para levar o pão de cada dia para as suas casas”, lamentou Professor Lucas.