Sinal verde para a restauração da Igreja Matriz de São Francisco Xavier
ESTUDANDO O PROJETO A visita do secretário de estado de Infraestrutura e Obras, Bruno Kazuhiro; e do diretor-geral do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), Claudio Prado de Mello, realizada na quinta-feira (3), reacendeu as esperanças de retomada efetiva do projeto de recuperação de um dos mais importantes patrimônios históricos da região, a Igreja Matriz de São Francisco Xavier, em Itaguaí.
O secretário e o diretor-geral do Inepac foram recepcionados pelo bispo da Diocese de Itaguaí, Dom José Ubiratan Lopes. Depois das formalidades de praxe, com execução dos hinos Nacional de do Município, houve um momento de grande significado simbólico, com o testemunho da última pessoa a tocar o sino da igreja matriz, antes
de o templo ser fechado ao público. Alexandre Ball falou sobre o sentimento que tomou conta de sua alma por conta do momento único da histórica construção.
Também participaram do evento o vice-prefeito eleito, Valtinho Almeida; os vereadores André Amorim e Noel Pedrosa, que é o atual presidente da Câmara Municipal de Itaguaí; o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Itaguaí, Tadashi Tani; o pároco da Catedral de São Francisco Xavier, padre José Eduardo Moura Lima; o engenheiro Jack Santos Júnior; além de integrantes da comunidade católica da cidade. O evento terminou com a visitação ao interior da igreja e com a bênção do bispo Dom José Ubiratan Lopes.
Construção com relevante importância histórica
A história da Matriz de São Francisco Xavier começa quando os jesuítas se mudaram para a Fazenda Santa Cruz para ficarem mais próximos do oceano. Nesse local, em 1718, foi iniciada a construção do templo dedicado a São Francisco Xavier. Concluída em 1729, a igreja teve a imagem do santo colocada em seu altar. É a mesma igreja que continua sendo a matriz de Itaguaí. Ela foi o primeiro prédio da cidade, remanescente do aldeamento de jesuítas, configurando um marco na história e na ocupação do município.
Depois de dar o Grito do Ipiranga, que marcou a Independência do Brasil, em 1822, Dom Pedro I veio com sua comitiva para o Rio de Janeiro, e, passando por Itaguaí, precisamente na Praça da Aclamação, localizada em frente à igreja matriz, foi novamente proclamado Imperador do Brasil. Tombada pelo Inepac, a igreja já havia sido contemplada com um projeto de restauração, que, no entanto, não saiu do papel.