Morre menina baleada por agente da PRF no Arco Metropolitano, em Seropédica

Morreu na manhã deste sábado (16) Heloísa dos Santos, de apenas três anos, a menina baleada em abordagem da Polícia Rodoviária Federal no último dia 7, no Arco Metropolitano. O agente Fabiano Menacho Ferreira efetuou os disparos – que atingiram a criança na cabeça e na coluna, de acordo com exames – na altura de Seropédica quando a família voltava de Itaguaí, após visita a parentes, rumo a Petrópolis, onde residem.

Desde então, ela estava internada em estado gravíssimo no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) do Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo boletim médico da Secretaria Municipal de Saúde, a garota sofreu uma parada cardiorrespiratória irreversível nesta manhã.

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Em nota, a PRF lamentou o falecimento da garota e garantiu estar prestando “acolhimento e apoio psicológico” à família: “É com extremo pesar que recebemos a notícia do falecimento de Heloísa dos Santos Silva, de três anos, ocorrido em 16 de setembro de 2023, em Duque de Caxias (RJ). Solidarizamo-nos com os familiares neste momento de dor e expressamos as mais sinceras condolências pela perda. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), por meio da Comissão de Direitos Humanos, segue acompanhando a família para acolhimento e apoio psicológico”.

Nota da PRF após o falecimento da menina Heloísa (Reprodução)

PEDIDO DE PRISÃO PREVENTIVA

O Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva de Fabiano Menacho Ferreira e dos outros policiais que estavam na viatura. Logo após o ocorrido, o órgão já havia solicitado à Superintendência da PRF o afastamento por 30 dias de todos os envolvidos na operação e o recolhimento imediato para perícia das armas utilizadas na ação.

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Em nota no último dia 11, o MPF explicou que a investigação sobre a ação da PRF tinha o objetivo de “apurar suposto crime de lesão corporal ou tentativa de homicídio qualificado pela idade da vítima, sem prejuízo de outras condutas criminosas verificadas no curso das apurações”.

O MPF também investiga a entrada, sem autorização, de um agente da PRF à paisana no CTI onde estava a menina. A reportagem descobriu que a Corregedoria da PRF o identificou como Newton Agripino de Oliveira Filho.   

CARRO ROUBADO

Em depoimento na 48 ª DP (Seropédica), que também investiga o caso, Fabiano Menacho Ferreira afirmou que disparou três vezes com um fuzil calibre 556 depois de ouvir um barulho de tiro. Ele também contou que a equipe deu início à ação ao constatar que o carro da família era produto de roubo – o atual proprietário do veículo, pai de Heloísa, disse não ter conhecimento sobre a situação.

Ele explicou que efetuou os tiros por supor que o tal tiro viera do carro onde estava a família. A Polícia Civil confirmou que o automóvel era roubado.

Redação

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