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Merenda nas escolas de Itaguaí é só biscoito e suco, dizem pais em redes sociais

A merenda que a Rede Municipal de Ensino oferece aos alunos de Itaguaí virou assunto discutido nas redes sociais. De acordo com alguns pais e responsáveis, a alimentação que os filhos passaram a receber nas unidades escolares é insuficiente e inadequada.

Algumas postagens em uma página do Facebook, na sexta-feira (18), alegam que não há a oferta de refeições para os estudantes: “Na escola da minha filha foi arroz doce a semana toda”, afirma uma mãe. “Minha afilhada estuda no Brizolão do Engenho 497 e estão dando apenas biscoito e suco…”, diz outra pessoa. “Na escola de Brisamar só suco e biscoito”, revela mais um responsável.

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O ATUAL pediu que a Prefeitura de Itaguaí confirmasse a informação ou não. Mas até a publicação desta matéria, não houve qualquer resposta.  

ALIMENTO E SMEC

Recentemente, por conta da pandemia de Covid-19, pais de alunos da Rede Municipal de Ensino de Itaguaí também reclamaram. Na ocasião, o motivo do desagrado não era a merenda das escolas, até porque as portas das unidades de ensino estavam fechadas para evitar a propagação do Coronavírus. A queixa era por conta da falta de recebimento das cestas básicas prometidas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec).

Com o agravamento da pandemia em todo o país, o Executivo Municipal publicou o Decreto nº 4445, de 8 de abril de 2020. O documento definia “critérios objetivos para a concessão excepcional de cestas básicas em substituição da merenda escolar no município de Itaguaí durante o período de pandemia do Coronavírus”.

O primeiro artigo do decreto deixava claro a quem o benefício se dirigia e por qual período de tempo o benefício estaria vigente.

”Art. 1º – De forma excepcional, ica autorizado o fornecimento de cestas básicas em favor dos alunos matriculados no Ensino Fundamental, Educação Infanil, EJA, Creches e CEMAEE da rede Municipal de Ensino por 2 (dois) meses, podendo ser prorrogado enquanto durar a suspensão das aulas escolares em decorrência da pandemia do coronavírus (COVID-19)”, afirmava o texto do decreto municipal.

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QUEIXAS NA MÍDIA

Entretanto, meses depois, o que se via em todo o município eram pais e responsáveis insatisfeitos e preocupados com a falta de entrega do kit de alimentos. As reclamações chegaram à grande mídia.

Em 15 de setembro de 2020, o RJ TV da TV Globo exibiu matéria em que revelava que após seis meses sem aula presencial, as famílias dos alunos da rede já estavam havia três meses sem receber as cestas básicas estabelecidas por meio de decreto.

CONTRATO

Após distribuir as cestas em maio e abril, a prefeitura alegou que não conseguiu estender o contrato e nem havia conseguido a conclusão de um novo processo de licitação. A empresa vencedora do pregão recebeu R$ 3,2 milhões por 39 mil cestas. Neste mesmo contrato, houve a solicitação de um termo aditivo com acréscimo de 25% para estender o contrato. No entanto, a Procuradoria Geral do Município deu parecer contrário. Um novo processo foi aberto, mas a empresa vencedora rescindiu o contrato 11 dias depois, ao alegar impossibilidade de arcar com as despesas.

Em novembro daquele mesmo ano, a situação continuava a mesma. Ou seja, os alunos permaneciam sem as cestas básicas. O Portal de Notícias G1 publicou matéria em 3 de novembro. Nela, os pais falavam sobre as dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19 e pelo descumprimento do Poder Executivo em fornecer as cestas básicas.

Da mesma forma que hoje, naquela ocasião a prefeitura foi procurada, mas não deu qualquer retorno para esclarecer os problemas que interromperam o fornecimento de cestas básicas. O fato é que após quase dois anos sem aulas presenciais, o que gerou grande desmotivação em alunos país afora, a falta de alimentação adequada, caso ela de fato esteja em curso, não coopera para recuperar tanto tempo perdido fora das salas de aula do país e do município de Itaguaí.

Redação

O Atual atua desde 2001 em Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica com notícias, informações e demais serviços jornalísticos, digitais e audiovisuais. Além disso, aborda ocasionalmente assuntos que envolvem também a Zona Oeste da capital do Rio de Janeiro. O Atual oferece matérias e vídeos em seu site e nas suas redes sociais, com o compromisso de imprensa legítima e socialmente responsável.

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