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Marinha lança hoje em Itaguaí o primeiro submarino produzido no Brasil

DIA HISTÓRICO EM ITAGUAÍ

LANÇAMENTO

Itaguaí vive hoje um dia histórico em relação ao desenvolvimento de seu conhecimento científico, notadamente no domínio da tecnologia de produção de submarinos a propulsão nuclear; e, ainda, ao fortalecimento da soberania nacional em seu extenso mar territorial, a chamada “Amazônia Azul”, mar sob jurisdição brasileira, com infindável fonte de recursos, incalculáveis bens naturais e rica biodiversidade. O avanço a ser comemorado responde pelo nome de Submarino Riachuelo, o primeiro de uma série de quatro embarcações que estão sendo construídas no complexo naval da cidade, e que antecedem a construção do primeiro submarino movido a propulsão nuclear.

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O lançamento do Submarino Riachuelo está marcado para às 10h., e vai trazer a Itaguaí autoridades como o presidente da República, Michel Temer; o presidente eleito, Jair Bolsonaro; ministros de estado, os comandantes da Marinha, Exército e da Aeronáutica, bem como altos dirigentes das empresas Itaguaí Construções Navais e Norberto Odebrecht, parceiras da Marinha do Brasil no desenvolvimento do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), ambicioso projeto, fruto de um acordo de transferência de tecnologia entre Brasil e França, que vai viabilizar a produção de quatro submarinos convencionais, que se somarão à frota de cinco submarinos já existentes. E culminará na fabricação do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.

O desenvolvimento do Prosub colocou a cidade de Itaguaí em posição de destaque no mapa do desenvolvimento tecnológico militar e industrial do país, uma vez que sua consecução exigiu e vem exigindo uma série de investimentos na construção do gigantesco complexo na Ilha da Madeira, em área vizinha a da Nuclep, para abrigar os diversos setores em que um exército de operários e técnicos civis e militares se dividem nas tarefas que envolvem o andamento do projeto.  O empreendimento é dividido entre as áreas norte e sul, que estão interligadas por um túnel. A área norte fica a 3,5 quilômetros de distância da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, onde ficam terminal rodoviário, escritórios da área administrativa, um o Batalhão de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica e os controles de acesso ao complexo.

Na área sul foi erguido um conjunto de estaleiros destinado à montagem, lançamento, operação e manutenção dos submarinos. São quatro grandes áreas, com um estaleiro de construção e outro de manutenção, a base naval e o complexo radiológico. O conjunto tem ainda dois píeres de 140 metros de extensão e duas docas com 140 metros, além de oficinas e áreas administrativas, 13 cais e um elevador de navios com capacidade para suportar oito mil toneladas.

FOTO ARQUIVO ATUAL

Fortalecimento da esquadra visa atenção à “Amazônia Azul”

Com o lançamento do Submarino Riachuelo o Brasil inaugura definitivamente seu ingresso num seleto grupo de países que detém o domínio da tecnologia de produção de submarinos, notadamente aquele movido a propulsão nuclear. O país caminha nessa direção num momento especial, em que aguarda resposta da Organização das Nações Unidas ao seu pleito de ampliar a extensão de seu mar territorial em cerca de um milhão de quilômetros quadrados. Outra razão especial para os interesses nacionais é o fato de que transporte marítimo é responsável por levar mais de 90% dos produtos brasileiros para o exterior, o que torna o cenário marítimo uma verdadeira mola propulsora para a economia brasileira.

Atualmente, a chamada Amazônia Azul já se estende por 3,5 milhões de quilômetros quadrados, área que abriga fontes de riquezas minerais, energia e alimentos. Nessa área marítima os brasileiros desenvolvem atividades pesqueiras, o comércio exterior e a exploração de recursos biológicos e minerais. Ela também desempenha o papel de caminho de 95% das exportações e importações verdes e amarelas, além de ser depósito de cerca de 90% do petróleo nacional. Com toda essa importância, a região se tonou alvo da atenção da Marinha do Brasil, que enxerga na expansão da força naval e no desenvolvimento da indústria da defesa uma estratégia fundamental para proteger esse patrimônio natural e garantir a soberania brasileira no mar. Para a Marinha, o Prosub é considerado parte essencial dessa preocupação.

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Redação

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