Máquinas do Terminal da Ilha Guaíba se tornam automatizadas
As máquinas de pátio do Terminal da Ilha Guaíba (TIG), em Mangaratiba, passarão a operar de forma autônoma. Os equipamentos atuarão em fase de testes no ambiente operacional até o final do ano. A inciativa faz parte de um conjunto de ações voltadas para ampliar a segurança das pessoas, tornar a operação mais sustentável e competitiva.
As máquinas de pátio que passarão a ser controladas por sistemas computadorizados são as que atuam como empilhadeiras e recuperadoras do minério recebido por trens e retirado para envio aos navios. Para isso, foram instalados sensores com tecnologia de ponta, tais como: scanners laser 3D, GPS de alta precisão, radares, sonares, além de computadores de alta performance e câmeras para monitoramento remoto do processo. Cada máquina tem cerca 40 metros de altura e capacidade para movimentar 8 mil toneladas de minério por hora.
“Com a automatização das máquinas, vamos promover o aumento na integração dos processos portuários, desde o recebimento dos trens e descarga do minério nos pátios de estocagem até o carregamento dos navios”, afirma Walter Pinheiro, gerente executivo de operações do TIG.
Embora a máquina deixe de ter um operador dentro da cabine, Pinheiro ressalta que as pessoas continuam no centro das decisões, e que, para operar o sistema de forma remota, os profissionais receberão treinamento especializado e serão acompanhados até que possam assumir a operação de forma segura. “A medida aumenta, ainda, a acessibilidade e o bem-estar das pessoas, que passam a realizar o seu trabalho em melhores condições ergonômicas e com uma infraestrutura mais adequada”, diz o gerente.
O TREINAMENTO
O gestor do Terminal conta que os trabalhadores locais receberão treinamento para operação e manutenção do novo sistema entre janeiro e fevereiro de 2022. Até lá, a operação será assistida pela equipe que desenvolveu o sistema. Outros equipamentos, como o carregador de navios e os viradores de vagões, continuam sendo operados de forma convencional, com operadores nas cabines instaladas nas máquinas.
“Com a automatização, a operação se tornará ainda mais segura e eficiente. Essa é uma solução que começou a ser desenvolvida anos atrás e está em uso pela Vale na Malásia, apresentando bons resultados. É também uma oportunidade para desenvolver nossos empregados, que serão capacitados para atuar com a nova tecnologia”, explica.
EM EXPANSÃO
Pinheiro garante que o programa de autônomos da Vale continua em expansão, com um investimento total de cerca de US$ 39 milhões em 2021. Até o final do ano, segundo o executivo, estarão em operação em toda a empresa 24 caminhões, 16 perfuratrizes e 9 pátios (empilhadeiras e recuperadoras) no Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Maranhão. No exterior, a operação autônoma também é realidade no Canadá, com perfuratrizes e carregadeiras para minas subterrâneas, e na Malásia, com máquinas de pátio.