Itaguaí: em sessão extra, vereadores aprovam orçamento original da prefeitura
Retorno à unanimidade. Os vereadores de Itaguaí deram uma pausa no recesso legislativo nesta quinta-feira (5) para votarem novamente na proposta da prefeitura para o orçamento municipal para 2023. O projeto do Executivo já tinha sido aprovado com emendas no dia 21 de dezembro do ano passado, algo que gerou faíscas nos bastidores políticos da cidade.
Na ocasião, os vereadores Haroldo Jesus (PV), Vinícius Alves (Republicanos), Julinho (PSC), Zé Domingos (PTB) e Rachel Secundo (PL) votaram contra as emendas ao texto original enviado pela prefeitura, e uma delas em especial foi o motivo da discórdia: a que determinava a aplicação de gastos excedentes somente mediante aprovação na Câmara, de autoria do presidente da CMI, Gil Torres (União Brasil).
LEIA ABAIXO COMO FOI A VOTAÇÃO ANTERIOR, COM EMENDAS AO TEXTO DA PREFEITURA, EM 21 DE DEZEMBRO DE 2022:
Pois bem. Quinze dias depois, graças a um recurso que anulou aquela votação, os parlamentares se reuniram de novo para votar o orçamento, desta vez sem as emendas, mantido o texto original. E houve unanimidade: a Câmara aprovou a proposta da prefeitura sem votos contrários.
Portanto, os vereadores Guilherme Farias (PL), Sandro da Hermínio (PP), Fabinho Taciano (PRTB), Alex Alves (PRTB) e Jocimar do Cartório (PTC) alteram o posicionamento e decidiram votar a favor do projeto original da prefeitura.
VEJA NO LINK ABAIXO DETALHES SOBRE O ORÇAMENTO QUE A CÂMARA APROVOU NESTA QUINTA-FEIRA (5):
Cabe lembrar que a votação do orçamento em 21 de dezembro de 2022 aprovou, além da emenda nº 5 (de autoria de Gil Torres), mais quatro, cujos autores são os vereadores Haroldo Jesus (emenda nº 1), Rachel Secundo (emenda nº 2), Jocimar do Cartório (emenda nº 3), Guilherme Farias (emenda nº 4) e Sandro da Hermínio (emenda nº 6).
O vereador Sandro da Hermínio (PP) pediu que a votação do parecer que anulou a votação da sessão anterior fosse nominal.
PREFEITO COMEMORA
O prefeito Rubem Vieira (Podemos) – em vídeo gravado do seu gabinete e publicado às 16h48 desta quinta-feira (5) na sua página pessoal no Facebook – comemorou. Ele estava acompanhado dos vereadores Haroldo, Guilherme Farias, Julinho, Vinícius Alves, Rachel Secundo e Zé Domingos.
Rubem, como de hábito, criticou a oposição (a quem sempre chama de “os fakes” ou “os contras”). Ele também disse: “o orçamento tinha que ter sido aprovado no ano passado, mas por questões burocráticas da Câmara só foi aprovado agora”. E comentou: “Fiquei feliz em saber que foi por unanimidade, independente de qualquer coisa, a aprovação foi da forma como montamos o orçamento para 2023”.
O prefeito disse que é sensível às reivindicações de dissídio do funcionalismo, e que graças à aprovação do orçamento que a prefeitura montou será possível pagar um pouco mais de 12% já em janeiro de 2023.
“Agora posso fazer por decreto”, explicou Vieira. Justamente o que a quinta emenda, aprovada na sessão anterior, vetava. E o prefeito completou: “Graças a Deus a Câmara compreendeu isso”.
“FOFOCA MALDITA”
Essa foi a expressão que o prefeito usou para se referir à intensa artilharia que tomou conta das redes sociais e que tentava colocar em campos opostos o prefeito e o presidente da Câmara, Gil Torres.
O presidente, por sua vez, repetiu que não era oposição ao governo municipal, e que apenas estava no exercício da sua prerrogativa de vereador, qual seja, a de fiscal do Executivo.
VITÓRIA APERTADA
Apesar da comemoração do prefeito em relação à unanimidade atingida com a nova votação do orçamento 2023, a sessão legislativa extraordinária teve um placar apertado para o recurso que anulou a votação anterior do orçamento (a que incluía as emendas): 6 X 5.
Seis vereadores foram favoráveis ao parecer da Comissão de Constituição e Justiça, que considerou nula a votação com emendas ao texto original da prefeitura sobre o orçamento: Vinícius Alves, Haroldo Jesus, Zé Domingos, Rachel Secundo, Julinho e Guilherme Farias.
Os cinco que votaram contra foram Sandro da Hermínio, Alex Alves, Jocimar do Cartório, Fabinho Taciano e o presidente Gil Torres.
