Inea registra 160 espécies de fungos no Parque Estadual Cunhambebe

Monitoramento revela a diversidade de macrofungos na Mata Atlântica e reforça o papel do Cunhambebe na conservação ambiental

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) registrou mais de 160 exemplares de fungos no Parque Estadual Cunhambebe (PEC), na Costa Verde. Desde abril, a equipe do parque vem realizando o monitoramento de macrofungos em trilhas selecionadas, revelando um universo pouco explorado e essencial para o equilíbrio ecológico da Mata Atlântica.

Cogumelos registrados durante o monitoramento no parque
Cogumelos registrados durante o monitoramento de macrofungos no Parque Estadual Cunhambebe, na Costa Verde (FOTO DIVULGAÇÃO/INEA)

Os fungos desempenham papéis fundamentais na natureza, como a decomposição da matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes, contribuindo para a fertilidade do solo e a saúde das florestas. Além disso, funcionam como bioindicadores ambientais, ajudando a identificar mudanças sutis nos ecossistemas.

Até o momento, cerca de 30 espécies foram identificadas, entre elas representantes das famílias Agaricaceae, Amanitaceae, Auriculariaceae, Ganodermataceae, Hymenochaetaceae, Marasmiaceae, Phallaceae e Xylariaceae.

Criação de trilhas temáticas

Reconhecendo o potencial ecológico e educativo desses organismos, o parque estuda a criação de trilhas temáticas voltadas ao micoturismo, atividade que incentiva a observação e o conhecimento dos fungos em seu ambiente natural. A iniciativa busca aproximar o público da biodiversidade local, aliando ciência, turismo sustentável e educação ambiental.

Com registros inéditos e imagens impressionantes, o trabalho reforça o compromisso do Inea em unir pesquisa, conservação e educação ambiental, fortalecendo o papel do Cunhambebe como um dos principais refúgios naturais do estado do Rio de Janeiro.

Parque Estadual Cunhambebe

Com cerca de 38 mil hectares, o PEC abrange áreas dos municípios de Itaguaí, Mangaratiba, Angra dos Reis e Rio Claro, protegendo extensos trechos de Mata Atlântica e conectando os maciços florestais da Bocaina e do Tinguá. Criado para preservar os remanescentes florestais e promover a integração entre comunidades e natureza, o parque é um importante símbolo da conservação ambiental fluminense.

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Welington Campos

Welington Campos é jornalista profissional. Tem formação em Licenciatura em Letras – Português e Espanhol. Exerce a função de subeditor do Jornal Atual, onde atua desde sua fundação em 2001.

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