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Expedição terá paradas em Mangaratiba, Angra e Paraty

Começou na tarde da terça-feira (31), pela Praia de Imbetiba, na cidade de Macaé, a edição 2023 do projeto “Vou de Canoa”, programa educativo patrocinado pela Fundação Toyota do Brasil, com a utilização de uma canoa polinésia como ferramenta para a transformação socioambiental. A iniciativa tem como principal objetivo despertar o cuidado com o meio ambiente, atuando por meio dos pilares da educação, esporte e cultura, voltada para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.

O projeto, que é ligado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas, tem foco em ações contra a mudança global do clima e vai passar por municípios como Rio das Ostras, Búzios, Cabo Frio, Araruama, Saquarema, Niterói, Rio de Janeiro (no Flamengo e no Recreio dos Bandeirantes), Mangaratiba, Angra dos Reis (Ilha Grande) e Paraty. “A finalidade é dialogar com crianças em condição de vulnerabilidade social. Escolhemos começar por Macaé porque aqui a canoa havaiana tem força. O município tem 10 clubes canoístas”, comentou Luiza Perin, a idealizadora do projeto.

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TRAJETO ENTRE MACAÉ E PARATY EM 45 DIAS

A expedição vai percorrer, em aproximadamente 45 dias, 400 quilômetros do litoral do estado. A parada em Mangaratiba será na segunda-feira (13), na Praia do Saco. No mar serão duas canoas, com seis remadores em cada uma, inspirados no slogan “Uma grande aventura com um grande propósito: levar educação ambiental para a preservação dos oceanos”. Além da atividade no mar os participantes do projeto montam um acervo marinho nas areias das praias em que aportam. “É uma exposição sensorial. As crianças têm contato com a riqueza do mar e, dessa forma, despertamos o cuidado”, explicou Luiza Perin, que é bióloga marinha, educadora ambiental, escritora e remadora.

EXPEDIÇÃO COM CIRCUITO EDUCATIVO

Desde o dia 2 de fevereiro, em uma canoa polinésia à vela desenvolvida especialmente para a atividade, cerca de 100 remadores vem se revezando no trajeto de Macaé a Paraty. A expedição reúne crianças da rede pública de ensino, que vivem a experiência completa da ação, com passeios na canoa, experiências sensoriais com elementos naturais da coleção de curiosidades marinhas do Vou de Canoa, e atividades lúdicas de educação ambiental com foco na preservação dos mares.

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O percurso que faz parte do circuito educativo visitará ao todo 15 municípios, onde cerca de 250 crianças serão impactadas na 1ª edição da iniciativa. A expedição também marca a transferência da exposição do acervo do projeto do Museu de Arqueologia de Itaipu para a Casa da Cultura de Paraty e para o Forte Defensor Perpétuo, onde ficará exposto por tempo indeterminado. Além da bióloga Luiza Perin, a expedição também é protagonizada pelo historiador Wagner Cataldo, que desenhou e construiu a canoa. “Essa expedição materializa e dá vida ao nome do projeto. É a manifestação de seu propósito, em que ‘vamos de canoa’ na missão de sensibilizar crianças para a nossa mensagem”, afirmou Luiza.

A canoa polinésia desenvolvida para a atividade tem cerca de 100 remadores se revezando entre Macaé e Paraty

INSPIRAÇÃO NO POVO POLINÉSIO

 A canoa construída para a expedição foi inspirada nas antigas canoas de travessia do povo polinésio, com casco duplo, propulsão a vela e uma plataforma central capaz de suportar o peso de toda a tripulação. “A canoa é um elemento cultural de grande valor e representa a bandeira de uma importante reflexão sobre a preservação dos mares”, disse Cataldo, que representa a marca Kanaloa Va’a Saquarema como apoiadora da ação. A embarcação tem capacidade para 12 pessoas, mas a tripulação contará, também, com remadores de clubes parceiros, que participarão da viagem em sistema de revezamento, com trocas de equipes em todas as paradas para pernoite e para os eventos educativos.

Redação

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