Candidatos ao Governo apresentam propostas para Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica
O ATUAL encaminhou às assessorias de sete candidatos ao Governo do Estado do Rio de Janeiro nas eleições 2022 três perguntas relacionadas aos municípios de Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica. As questões envolvem propostas para a região que engloba as três cidades; soluções para as principais carências; e iniciativas para o Porto de Itaguaí.
Os oito candidatos com quem a reportagem entrou em contato foram os que pontuaram na pesquisa Datafolha divulgada em 1º de setembro. São eles: Eduardo Serra (PCB), Juliete Pantoja (UP), Rodrigo Neves (PDT), Paulo Ganime (NOVO), Cyro Garcia (PSTU), Marcelo Freixo (PSB) e Claudio Castro (PL) – Wilson Witzel (PMB), cuja candidatura está indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), não retornou as mensagens.
As respostas – com cerca de 200 palavras, cada – estão listadas abaixo, por ordem de envio. Confira:
Eduardo Serra (PCB)
Qual é a sua principal proposta para a região que engloba Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica?
Propomos uma integração maior desta região com a Zona Oeste da capital, dada a proximidade geográfica, com a constituição de um Distrito Cultural (ou até mais de um) que abrangesse também Campo Grande, Santa Cruz e outros bairros próximos da Zona Oeste da capital.
Qual foi a principal carência que a sua campanha detectou nessa região e qual seria a solução?
As principais carências da região referem-se a:
a) cultura: não há equipamentos culturais públicos na região;
b) segurança, com altos índices de violência. Nossa proposta para a segurança pública defende o fim das atuais polícias e a mudança profunda na política de segurança pública, com a criação de duas novas polícias civis, voltadas para a proteção da vida da população.
c) transportes: as cidades da região têm características de cidade-dormitório, a distância do centro do Rio é muito grande e o transporte é muito precário, tanto dentro da região quanto na ligação com a capital. Defendemos a estatização do transporte público e a reestatização da SuperVia, o que permite a redução das tarifas ao custo operacional do setor num curto prazo e, no médio prazo, a tarifa zero.
d) questão urbana: os equipamentos urbanos são muito precários, muitas ruas sem calçamento ou sem asfalto. Propomos um programa de obras públicas em conjunto com as prefeituras.
Alguma proposta sua tem relação direta com o porto de Itaguaí?
O porto de Itaguaí é um porto exportador importante, de alto calado, destinado a operar navios maiores, mas que não é integrado à cidade.
Enxergamos algumas alternativas que podem impulsionar o uso do porto, que incrementariam sua utilização. Por exemplo, propomos melhorar a parte de intermodalismo do Porto para que ele possa competir com outros portos e que vai aumentar berços para atracar navios maiores, uma vez que a BR do Mar vai abrir a cabotagem nos próximos anos. Vamos também modernizar a infraestrutura para diminuir o tempo do navio no Porto e torná-lo mais competitivo, e desburocratizar o intermodal para tornar mais ágil a transferência de carga.
A questão da segurança também é relevante no Porto. Vamos intensificar também o investimento em segurança no Porto, para evitar que ele se torne porta de entrada para contrabando e tráfico de armas. Outra possibilidade é utilizar também o Porto de Itaguaí como terminal pesqueiro, que falta no RJ. Além disso, podemos também incrementar o Porto criando um terminal gaseiro, de processamento de gás, que receberia o gás natural, processaria e distribuiria. A vantagem é que neste caso o ICMS ficaria no Estado do RJ; além disso, tal atividade pode ser desenvolvida com emissão zero de carbono.
Juliete Pantoja (UP)
Qual é a sua principal proposta para a região que engloba Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica?
São municípios próximos e muito diversos. Em Seropédica temos o principal campus da UFRRJ e é um polo de produção científica importantíssimo a nível nacional. Em Itaguaí temos o porto e a indústria naval ainda com alguma força. Já Mangaratiba apresenta uma importante capacidade de se tornar uma cidade turística. No entanto, mesmo com toda essa produção de riqueza essas cidades têm muitas dificuldades. A que mais chama a atenção são as baixíssimas taxas de saneamento, que não chegam nem a 40% quando se trata de coleta de esgoto. Queremos reverter isso, reconstruir e construir uma infraestrutura adequada para o povo morar e trabalhar dignamente nessas cidades. Vamos fazer isso através do fortalecimento da EMOP (Empresa de Obras Públicas do Estado), abrindo milhares de empregos e melhorando a vida nessas cidades. Saneamento, urbanização, construção de moradias e reforma das já existentes em más condições são políticas fundamentais para fazer a riqueza que o povo trabalhador desses municípios produz volte em melhoria de vida para essa população.
Qual foi a principal carência que a sua campanha detectou nessa região e qual seria a solução?
Além do saneamento, que já falamos, outro ponto é a enorme dificuldade de transporte público. São 3 cidades próximas entre si e com a Zona Oeste do Rio, e essa ligação precisa ser melhorada. As passagens são caríssimas, os ônibus em geral têm más condições e a grade horária é muito curta. Precisamos mudar isso. Por isso, no nosso plano de governo defendemos a reestatização de todos os transportes, para que os ônibus, trens, barcas sirvam às necessidades da população e não ao lucro das empresas. No caso de Mangaratiba temos que ampliar a rede de transporte que liga a cidade com Angra e a Ilha Grande.
Alguma proposta sua tem relação direta com o porto de Itaguaí?
No nosso programa de governo temos como princípio a participação popular em todas as decisões. Sabemos que hoje o governo federal, que é quem administra o porto, defende a ampliação em uma obra que custará 3 bilhões de reais. Tudo isso para atender aos interesses das grandes mineradoras multinacionais alojadas em Minas Gerais. Somos contra essa expansão, neste ponto nos alinhamos à posição da maioria da população itaguaiense, que vê nessa expansão uma ameaça ao meio ambiente por conta da poluição do mar pela perda de minério de ferro no transporte entre o porto e os navios, e também a saúde da população. Mas por ser uma área federal, temos o compromisso de brigar no nível federal para barrar essa obra, mas chamamos também a todos e todas a conhecerem nossa candidatura à presidência representada pelo nosso companheiro Leo Péricles que, sendo mineiro, vê em Minas como as mineradoras prejudicam a vida da população. Temos que mudar quem está no Planalto também para barrar essa obra.
Rodrigo Neves (PDT)
Qual é a sua principal proposta para a região que engloba Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica?
Vamos criar milhares de novos empregos nesta importante região do nosso estado, trabalhando para desenvolver a Economia local. Vou tirar do papel a Rota 4 do gás, que levará energia industrial para o Sul Fluminense, e assim será possível construir fábricas de fertilizantes, por exemplo. Hoje o Brasil produz a matéria-prima necessária para este tipo de produto, mas precisa importar quase todo o fertilizante que o nosso setor agrícola utiliza.Também vamos dar atenção máxima às rodovias, para que possamos escoar a produção com mais economia e segurança, já que temos nesta região o Porto de Itaguaí, um dos mais importantes do país. Por aqui passam importantes rodovias, como a Rio-Santos, a Estrada de Piranema e a Antiga Rio-São Paulo. Vamos, por exemplo, duplicar o trecho que falta da BR-493, o Arco Metropolitano, que está em obras há mais de dez anos e não chegou nem na metade. Esta é uma rodovia importante para todos, por ela passa boa parte da logística do nosso estado. Vamos melhorar a infraestrutura viária para que o povo tenha mais segurança e não sofra mais os problemas que temos aqui, como engarrafamentos, acidentes e ações criminosas.
Qual foi a principal carência que a sua campanha detectou nessa região e qual seria a solução?
Na região das baías de Sepetiba e Angra dos Reis faltam políticas públicas para geração de empregos. Esta região tem um potencial econômico enorme em Logística, Metalurgia, Turismo, Gastronomia e Hotelaria. É preciso retomar os investimentos públicos, incentivar a empregabilidade e a formação profissional para a juventude.
Como também há muitas pessoas em situação de pobreza extrema, passando fome, nós vamos criar já a partir do início do meu governo um programa de renda básica com auxílio de R$ 500 para as famílias mais carentes do nosso estado, inclusive de Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica. Também falta moradia para o povo, por isso vamos criar um programa habitacional para construir cem mil novas casas, tirando as pessoas das áreas de risco e gerando milhares de empregos na construção civil. Vamos ampliar a rede de abastecimento de água e tratamento de esgoto, pois não é possível que em pleno século 21 as pessoas ainda convivam com valas negras e esgoto a céu aberto. Na Educação vamos ampliar a oferta de vagas, reformar escolas e reabrir todos os CIEPs abandonados, oferecendo ensino técnico e ensino em tempo integral para que os nossos jovens tenham mais oportunidades.
Alguma proposta sua tem relação direta com o porto de Itaguaí?
Todas as medidas de incentivo à Economia que vamos adotar nas regiões Metropolitana e Sul Fluminense têm relação direta com o Porto de Itaguaí e levarão em conta a integração do estado com o porto. O Porto de Itaguaí tem um potencial enorme, é uma joia do estado do Rio de Janeiro. A região que engloba Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica é importantíssima para a Economia do nosso estado e será valorizada em nosso governo. Também vamos olhar com atenção para o setor metalúrgico da Indústria Naval, que conheço bem: desde a juventude sempre apoiei e fui apoiado pelos sindicatos da categoria. Quando fui deputado criei e presidi a Frente Parlamentar da Indústria Naval, que ajudou muito na luta para garantir a contratação de conteúdo nacional no setor. É inadmissível ver a decadência de um setor que uma década atrás gerava milhares de empregos. Vamos trabalhar para reerguer o setor, criando um programa de desenvolvimento da Indústria Naval. Com planejamento, experiência administrativa, transparência e compromisso com o povo nós vamos voltar a movimentar a Economia do nosso estado e isso vai trazer de volta o emprego, a paz e a alegria de viver do nosso povo fluminense e carioca.
Paulo Ganime (NOVO)
Qual é a sua principal proposta para a região que engloba Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica?
O estado todo terá atenção especial no meu governo, assim como teve no meu mandato de deputado federal. Já visitei as 92 cidades fluminenses conversando com autoridades e a população sobre suas demandas e atuando para resolver os problemas. Destinei recursos de emendas parlamentares através de editais – realizados nos quatro anos – em que todos os municípios foram convidados a participar enviando seus projetos. E a seleção sempre foi feita de forma técnica, com análise de especialistas, sem critério político, pensando nas necessidades da população. Sempre falo que o Rio de Janeiro só se tornará forte quando aproveitarmos o potencial de cada região. Como governador continuarei mantendo esse canal de comunicação aberto, independente de partidos; visitando os municípios e conversando com autoridades, meios de comunicação, entidades de classes e população. Nesses três municípios, na área de segurança pública, nós vamos retirar o domínio do crime organizado , o que inclui a comunidade do Carvão, em Itaguaí. Em Mangaratiba, na área da saúde, é necessário construir um Hospital de Trauma na principal rodovia e melhorar a infraestrutura de postos de saúde, como Ingaíba e Serra do Piloto. Na educação, nós vamos melhorar a oferta de vagas em creches através de parcerias com os municípios e ampliar as vagas em cursos técnicos profissionalizantes.
Qual foi a principal carência que a sua campanha detectou nessa região e qual seria a solução?
Questões ambientais, como as obras do Porto de Itaguaí, as quais devem respeitar a legislação ambiental, mas não podem deixar de ser realizadas, pois darão oportunidade de emprego e renda para a região. Ainda no Porto, nós vamos fazer uma parceria com a Receita Federal e a Polícia Federal para coibir a entrada e escoamento de armas, drogas e contrabando. Políticas de habitação para retirar pessoas das áreas de risco . É preciso priorizar a vocação de cada região, e ali podemos desenvolver o turismo ambiental, aproveitando os equipamentos locais como parques e áreas preservadas para a geração de renda e o incentivo à pesca, através da formação de pequenos empreendedores locais.O município de Mangaratiba também sofre com as constantes quedas de luz, precisamos acompanhar e cobrar da concessionária a garantia dos serviços. Em Seropédica, nós também vamos fiscalizar de perto o trabalho da concessionária responsável pelos serviços de água e saneamento para solucionar problemas de falta de água, que é um problema crônico na região.
Alguma proposta sua tem relação direta com o porto de Itaguaí?
O Porto de Itaguaí e o Porto do Rio estão entre os 10 maiores portos públicos em movimentação de cargas no país. E tem tudo para aumentar ainda mais esse volume, pois temos um grande potencial para o desenvolvimento da economia do mar, que pode gerar muitos negócios e oportunidades. Com a aprovação da Lei 14.301/22 (BR do Mar), que atuei fortemente para aprovar na Câmara dos Deputados e que flexibiliza as regras para o transporte de cargas na nossa costa, o estado do Rio de Janeiro tem muito a ganhar com geração de emprego e renda. A costa fluminense tem 636 km de extensão (8,6% do total brasileiro) e conta com 27% de seus municípios voltados para o mar, com uma população de aproximadamente 11 milhões de pessoas (67% da população do Rio). A nova lei vai permitir a redução do custo do transporte e consequentemente produtos mais baratos na mesa do consumidor . Vamos viabilizar a operação dentro da legislação ambiental.
Cyro Garcia (PSTU)
Qual é a sua principal proposta para a região que engloba Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica?
Entendo que a principal proposta para a região, e para todo o Estado, é a criação dos Conselhos Populares. É com esses com Conselhos, envolvendo toda a população, é que vamos governar e definir as prioridades, descentralizando o governo e atacando os problemas que o povo identifica em suas regiões. Hoje temos grandes desafios para a região, que passa por realizar obras de infraestrutura, reativar a economia, limpar e preservar a Bacia do Guandu e investir em transporte, ferroviário e aquaviário. Temos duas propostas fundamentais para resolver esses problemas. A primeira é a formação de Conselhos Populares, formada pelos trabalhadores e moradores da região, que vão direcionar os esforços do Estado para o que definam como prioridades, descentralizando o governo. E a segunda proposta é a criação de um Plano de Obras Públicas, definido através destes Conselhos, que execute as obras necessárias, gerando emprego e renda na região.
Qual foi a principal carência que a sua campanha detectou nessa região e qual seria a solução?
Existem várias carências na região. Um problema fundamental é a questão do meio ambiente, da poluição da água na região da Bacia do Guandu, especialmente no município de Seropédica. Precisamos investir na limpeza das águas da região e em um política de despoluição e preservação das águas, enfrentando os grandes poluidores e auxiliando os pequenos e médios empreendimentos a se equipar com responsabilidade ambiental. Nesse sentido nós vamos investir em fiscalização, regulamentação e combater atividades ilegais que prejudiquem o meio ambiente; como política para desenvolver uma economia sustentável na região, sempre apoiados nos Conselhos Populares. Outra questão importante é em relação ao transporte. É preciso investir em transporte público de qualidade, melhorando as vias, expandindo o sistema de transporte sobre trilhos até a região e desenvolver o transporte aquaviário.
Alguma proposta sua tem relação direta com o Porto de Itaguaí?
O nosso Estado tem uma vocação marítima importante, e vamos atuar para recuperar a nossa indústria naval e fortalecer as operações portuárias. Queremos que nosso Plano de Obras Públicas desenvolva a infraestrutura necessária para melhorar as operações no porto, tanto para o transporte de cargas, quanto na preservação do meio ambiente marítimo ao redor, respeitando a vida marinha e o que vivem dela. O Porto de Itaguaí tem um peso fundamental não só para a geração de emprego e renda da região, mas para o Estado como um todo. Será essencial a formação de um Conselho Popular que reúna os trabalhadores do Porto nas discussões de políticas públicas para o setor portuário e para a relação da Companhia das Docas com a região.
Cláudio Castro (PL)
Qual é a sua principal proposta para a região que engloba Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica?
Essa região é um dos novos polos econômicos do Estado do Rio de Janeiro. É estratégica, unindo turismo, indústria e atividades ligadas ao setor Naval. Por isso, já estamos investindo pesado, com obras que vão reforçar a infraestrutura necessária para o grande salto no desenvolvimento da Costa Verde e do Sul Fluminense. Entre as melhorias que realizamos está a recuperação das principais estradas que dão acesso à região, como a RJ-155 (Angra dos Reis – Rio Claro). Essa rodovia foi destruída parcialmente e chegou a ficar vários dias interditada, por conta das chuvas do primeiro semestre. Destinamos então R$ 2,2 milhões para a remoção de blocos de pedras gigantes, recuperação asfáltica e a estrutura de três túneis. Outra revitalização importante é a da RJ-099, conhecida como Reta de Piranema, que liga Itaguaí a Seropédica. A estrada vai receber recapeamento, drenagem e sinalização em toda a sua extensão, em um investimento de cerca de R$ 66 milhões. Com 13,5 quilômetros de extensão, a rodovia é um dos principais acessos ao Porto de Itaguaí. A Reta de Piranema terá toda sua estrutura modernizada, com recapeamentos que vão utilizar 60 mil toneladas de asfalto, implantação de placas de sinalização e pontos de iluminação e drenagem em oito quilômetros, além de seis quilômetros de ciclofaixa. Também destinamos R$ 26 milhões para ampliação e duplicação de operações do Aeroporto de Angra dos Reis. A Secretaria de Estado de
Transportes é a gestora da obra, que deve ser concluída até o final do ano. O aeroporto tem uma localização privilegiada, entre as duas grandes metrópoles do país: São Paulo e Rio de Janeiro. Estamos preparando o terreno, literalmente, para que a região de Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica possa receber novos e grandes investimentos em diversos setores.
Qual foi a principal carência que a sua campanha detectou nessa região e qual seria a solução?
Todo o Estado do Rio de Janeiro sofreu muito nos últimos anos, com má administração, crise financeira e a pandemia da Covid-19. Alguns municípios, como os da Costa Verde, Sul Fluminense e Região Serrana, foram ainda mais castigados, em consequência de temporais, que destruíram vidas, estradas e lares. Temos dialogado, discutido prioridades com os prefeitos locais e investido em projetos importantes, como a construção de mais unidades habitacionais, para suprir as que foram destruídas por enchentes e deslizamentos, e, claro, a reconstrução de estradas e contenção de encostas. Empreendedores e comerciantes de Angra dos Reis, Ilha Grande, Mangaratiba e Paraty, por exemplo, que perderam tudo com as tempestades, também estão tendo acesso a linhas de créditos da AgeRio, com condições especiais. Contamos ainda com ações de prevenção para minimizar novos desastres com obras de infraestrutura e um plano de contingência para chuvas fortes, comandado pela Secretaria de Estado de Defesa Civil.
Alguma proposta sua tem relação direta com o Porto de Itaguaí?
Com certeza. Nas minhas visitas à região, sempre reafirmo que o Porto de Itaguaí é um dos principais pilares para o desenvolvimento pleno do nosso estado. A interligação do Porto de Itaguaí com as bacias produtoras de óleo e gás do pré-sal é fundamental. Essa conexão vai trazer um desenvolvimento jamais visto, com a transformação de Itaguaí num hub para a distribuição da produção do pré-sal. O projeto será uma das molas propulsoras para o fortalecimento da economia estadual. E não é só isso não. As ações vão gerar mais energia barata para as indústrias já instaladas por lá, abrindo também novas oportunidades para o setor. A estratégica localização do Porto de Itaguaí faz com que tenha destaque como o porto público que mais movimenta minério de ferro no Brasil. Por isso, nossa meta é fazer com que o porto seja um dos principais polos para o escoamento da produção do pré-sal do país. E vamos fazer tudo com planejamento, baseados em dados oficiais, como os do Plano Indicativo de Processamento e Escoamento de Gás Natural (PIPE), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que inclui, entre algumas alternativas, duas rotas de gasodutos, com destinos ao Porto de Itaguaí. A Rota 4B prevê a ligação com o complexo da Bacia de Santos e a Rota 5C, com a Bacia de Campos.
Marcelo Freixo (PSB)
Qual é a sua principal proposta para a região que engloba Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica?
Nós vamos gerar emprego em Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica. Para isso, revitalizar o Arco Metropolitano é fundamental para viabilizar os negócios e atrair investimentos. O Arco Metropolitano tem um potencial enorme, mas a roubalheira tornou a via insegura, por causa do roubo de carga, e pouco utilizada. No meu governo o Arco Metropolitano vai virar solução, não problema. Isso é fundamental para aumentar o movimento no Porto de Itaguaí, gerando emprego e renda para as famílias. Garantir segurança pública é crucial para desenvolver a economia da região. Vou instalar o monitoramento da via por câmeras e garantir policiamento ostensivo, com postos de patrulhamento permanente instalados ao longo da via. Esta é uma medida barata se considerado o custo-benefício. Nós vamos usar os dois braços do Estado para combater o crime. O braço policial, com uma polícia bem treinada e bem equipada para botar bandido na cadeia, e o braço social, com os Bairros Prosperidade, um programa para dar qualificação profissional e realizar atividades culturais e esportivas para que todas as famílias possam viver bem e prosperar. Além de garantir segurança, vou implementar um plano de ocupação do entorno do Arco com a instalação de condomínios industriais.
Qual foi a principal carência que a sua campanha detectou nessa região e qual seria a solução?
É preciso gerar emprego e aumentar a renda das famílias que vivem na região. Meu primeiro ato como governador será aumentar o salário regional, que foi congelado pelo governo Wilson Witzel e Cláudio Castro. O Rio de Janeiro é o único Estado em que isso aconteceu. Fortalecer a economia do interior é fundamental para a gente tirar o Rio de Janeiro da crise. No meu governo, as pessoas não vão precisar sair de suas cidades em busca de uma vida melhor na capital ou na região metropolitana. Nós vamos criar oportunidades. E faremos isso com educação em tempo integral, para as crianças e os jovens passem o dia na escola, aprendendo, com qualificação profissional para que as pessoas conquistem bons empregos e melhores salários e fortalecendo os pequenos negócios, através das Casas do Empreendedor, que vamos criar em todo Estado para garantir assistência administrativa, jurídica e qualificação técnica.
Alguma proposta sua tem relação direta com o porto de Itaguaí?
Nós vamos recuperar o protagonismo do nosso Estado como polo logístico nacional, movimentando mercadorias e gerando emprego e renda. Neste sentido o Porto de Itaguaí é fundamental. Nós vamos criar um condomínio industrial e atacadista no entorno do Arco que vai ampliar a movimentação de exportações e importações no porto. Também vamos garantir, em parceria com o presidente Lula, a construção de um gasoduto que possibilite a exploração do gás natural disponível na região.