Apae Itaguaí reestrutura projeto terapêutico
Depois de quase seis anos sem prestar serviço terapêutico, a unidade da Associação de Pais de Amigos dos Excepcionais (Apae) de Itaguaí vem passando por uma reestruturação nos seus atendimentos. A instituição, que sempre teve viés pedagógico inclusivo, que levanta a bandeira da pessoa com deficiência, estabelece agora, através de uma equipe multidisciplinar, um trabalho de atenção psicossocial voltado para saúde, com atividades que vão além do atendimento individual de consultório.
Em curso desde janeiro de 2021, a nova estratégia lança mão de atividades coletivas, que têm a arte como ferramenta terapêutica. “A ideia é ampliar o conceito de saúde, abrangendo várias instâncias da vida do sujeito, que tem foco, não na doença, mas nas potencialidades sociais dos usuários do nosso serviço”, explica ao Atual o psicólogo Fábio Oliveira, profissional que coordena o conjunto das atividades que marcam essa nova fase da instituição. “Como muitos assistidos são não-verbais, as atividades artísticas, lúdicas e de socialização permitem a eles se expressar, se incluírem e conviverem”, completa Fábio Oliveira.
Responsável pela avaliação, admissão e triagem dos trabalhos do novo setor, o psicólogo Fábio acrescenta que além das atividades na própria instituição, a equipe da Apae Itaguaí também trabalha agora com a lógica do trabalho em rede. “Ele é inspirado nas políticas públicas de saúde mental, que visam atenção integrada com outros dispositivos de saúde e assistência do município, uma vez que muitas famílias não têm conhecimento de onde podem ser atendidos”, ressalta ele.
Fábio Oliveira conclui que a grande mudança no perfil de trabalho é que ele sai de um modelo de escola para funcionar como equipe de saúde. “Já temos uma nova agenda de atendimentos, que pretende funcionar de segunda a sexta, a partir de fevereiro, e está aberta para toda a comunidade que não têm deficiência, por se tratar de uma instituição em que a comunidade busca ajuda”, finaliza ele.