Câmara aprova parecer final da Comissão que investigou escuta ilegal
Longe de sugerir o fim da novela que cassou Gil Torres (ex-presidente da Câmara Municipal de Itaguaí, União Brasil) – afinal, tudo pode acontecer-, mais um capítulo ocorreu no grande imbróglio que envolveu Gil e os colegas parlamentares. Desta vez, a Comissão 004 teve enfim um relatório final, apesar da aparente inutilidade deste, uma vez que Gil já está cassado desde dezembro do ano passado.
Confira aqui como foi a cassação do ex-vereador Gil Torres:
O parecer final da Comissão opinou pela procedência da denúncia com a consequente cassação do mandato de Torres. O motivo: “prática de infração político-administrativa em razão de quebra do decoro parlamentar”. Os vereadores aprovaram por unanimidade na Sessão Especial de Julgamento, que aconteceu log depois da Sessão Solene de Instalação do Primeiro Período Legislativo de 2024.
Para quem não lembra, em função da guerra que se instalou na Câmara entre Gil e os demais vereadores, um assessor do então presidente fez gravações não autorizadas dos parlamentares. Estas vieram à tona por ocasião da defesa de Gil nas outras Comissões que tentavam removê-lo da presidência da Câmara (como efetivamente conseguiram).
O autor da denúncia que motivou a criação da Comissão 04 foi o vereador Alex Alves (PRTB).
Com a aprovação do parecer (por unanimidade), houve então entendimento de que a denúncia era procedente, com a consequente cassação de mandato eletivo de Gil Torres.
A composição da Comissão 004 era a seguinte: vereadores Julinho (PSC) – relator, Guilherme Farias (PL) e Vinícius Alves (Republicanos) – presidente.
Além da cassação do mandato, Gil está inelegível por oito anos.
Enquanto tramitava a CEP 004/2023, Gil Torres já havia tido seu mandato cassado no dia 14 de dezembro com a aprovação do parecer final da Comissão Processante nº 002/2023.
A comissão apurou e o plenário aprovou por 10 votos favoráveis e um contrário, o parecer opinando que o então vereador teria praticado infração político-administrativa em razão de ilicitudes em processo licitatório na contratação da “TV Câmara”, com flagrante infração de Improbidade Administrativa.
Gil Torres está afastado da Câmara Municipal de Itaguaí desde a promulgação do Decreto Legislativo nº 002/2023, e o suplente de partido, vereador Nando Rodrigues (União Brasil), já foi empossado.
Apesar da cassação e da inelegibilidade, o ex-vereador Gil Torres tem usado as suas redes sociais para fazer acusações ao prefeito Rubem Vieira (Podemos), mostrar o que considera falhas do governo municipal e para anunciar que é pré-candidato a prefeito de Itaguaí.