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Justiça nega pedido de prisão dos policiais envolvidos na morte da menina Heloísa

Uma decisão do juízo da 1ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal indeferiu o pedido do Ministério Público Federal pela prisão preventiva dos três policiais rodoviários federais envolvidos na morte da menina Heloísa, que veio a falecer no sábado (16).

Um deles, Fabiano Menacho Ferreira, admitiu que, no último dia 7, disparou três vezes com um fuzil calibre 556 contra o carro da família, que voltava pelo Arco Metropolitano de Itaguaí, onde visitaram parentes, rumo a Petrópolis, onde residem.

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Em depoimento na 48ª DP(Seropédica), responsável pela investigação do caso, o policial explicou que, na altura de Seropédica, a guarnição identificou que o veículo que o pai de Heloísa dirigia era produto de roubo – a Polícia Civil confirmou que o automóvel fora roubado, e o pai da criança explicou que não tinha conhecimento do fato.

Ainda de acordo com o depoimento do policial, momentos depois de começarem a seguir o automóvel, ele teria ouvido um tiro, o que o motivou a efetuar os disparos.

TORNOZELEIRA ELETRÔNICA

Apesar da negativa ao pedido de prisão, a 1ª Vara Criminal Federal determinou ao três uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno, para que saiam de casa apenas a fim de “comparecer à repartição em que estão lotados, com retorno imediato após o encerramento do expediente”. Eles também precisam entregar suas armas pessoais e permanecer afastados das funções policiais de servidores – mas poderão ser aproveitados em função administrativa.

O trio também não tem autorização para se aproximar da família de Heloísa. Além de Fabiano Menacho Ferreira, também participaram da ação os agentes Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva.

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Ele ainda solicitou à Justiça uma nova perícia no fuzil apreendido e no carro onde Heloísa estava, pois se trata de “um caso em que a competência de atuação é federal”. A Justiça Federal ainda não se pronunciou sobre o pedido.

Diante do indeferimento por parte da Justiça Federal, o procurador Eduardo Benones afirmou em nota que o MPF “segue convicto de que a prisão preventiva é a medida mais adequada ao caso e estuda recorrer da decisão neste ponto”.

POLICIAIS NO HOSPITAL

No requerimento pela prisão dos envolvidos – ajuizado na sexta-feira (15), após oitivas das testemunhas e análise inicial da investigação –, Benones afirma que uma tia de Heloísa disse em depoimento que 28 agentes da PRF estiveram no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde a criança ficou internada por nove dias em estado gravíssimo. Aliás, um deles, identificado como Newton Agripino de Oliveira Filho, conseguiu chegar à emergência.

Para Benones, a ida dos policiais à unidade hospitalar foi uma “tentativa inequívoca de intimidar” a família e uma demonstração de ” uso indevido da força corporativa”. O MPF também apura a situação.

Redação

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