Seropédica: operação mira lavagem de dinheiro da milícia de Zinho
Uma ação integrada entre Polícia Civil e Ministério Publico do Rio de Janeiro acontece no município de Seropédica nesta quarta-feira (28). Batizada Cosa Nostra Fraterna, a operação busca desmantelar atividades milicianas e de lavagem de dinheiro atribuídas ao grupo de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho – preso em Bangu desde dezembro de 2023, quando se entregou.
Segundo investigações, a organização miliciana – que explora territórios não só de Seropédica, mas sobretudo da Zona Oeste da capital fluminense – tenha movimentado cerca de R$ 135 milhões entre os anos de 2017 e 2023 por meio de diferentes empresas. A operação desta quarta também abrange os bairros Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Campo Grande e Santa Cruz.
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Participam da Cosa Nostra Fraterna agentes da DCOC-LD (Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro) e do Gaeco/MPRJ (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público).
As equipes têm a missão de cumprir mandados de busca e apreensão em 21 endereços, ligados a nove pessoas físicas e sete jurídicas que são alvos da investigação. Dentre os mandados, há determinações para interdição das empresas suspeitas de envolvimento com a milícia e o bloqueio de bens móveis e imóveis – a polícia não havia divulgado o balanço da ação até o fechamento desta matéria.
COMITÊ DE INTELIGÊNCIA
Segundo o Governo do RJ, esta é a primeira grande operação em território fluminense a contar com apoio do Cifra (Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos). Trata-se de uma força-tarefa – que reúne agentes da Polícia Civil e representantes de outros órgãos e instituições estaduais e federais – para atuação no combate a crimes financeiros e de lavagem de dinheiro, com objetivo de asfixiar o tráfico e as milícias no estado.
Policiais civis da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) também participam da operação.