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Secretaria municipal de Saúde se posiciona sobre cartaz polêmico

Não pode minissaia, short, camiseta, blusa decotada, boné, bermuda, roupa transparente e chinelo. É o que consta em um cartaz afixado na recepção do hospital São Francisco Xavier, a principal unidade de saúde de Itaguaí, a respeito das vestimentas dos visitantes. A determinação gerou revolta em muitos munícipes que comentaram sobre o cartaz, publicado em uma página na rede social Facebook.

“Em quê vai prejudicar o doente se eu for de bermuda e chinelo fazer uma visita?”, comentou um cidadão na publicação online. Outro escreveu: “Mas camiseta vai alterar alguma coisa no tratamento do doente?”.

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Os que discordam da determinação enxergam preconceito com as peças de roupa, e com quem costuma usá-las.

O secretário municipal de Saúde, Carlos Zoia, falou com exclusividade ao ATUAL – por telefone, na manhã desta sexta-feira (6) – e defendeu o cartaz e as proibições.

“É preciso ter uma vestimenta adequada para cada ocasião. A pessoa não vai de chinelo para um evento que exige traje de gala. Um decote, por exemplo, traz a questão da sexualidade. Determinados trajes incomodam os pacientes”, disse Zoia.

ORDENAMENTO PRÓPRIO

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Não existe uma diretriz ou até mesmo sugestão do Ministério da Saúde sobre vestimentas adequadas ou não de visitantes a hospitais ou quaisquer outros tipos de unidades.

No caso do cartaz em Itaguaí, o secretário Carlos Zoia confirmou que a decisão de barrar pessoas com certos trajes ou acessórios específicos é da secretaria municipal de Saúde, baseada apenas nisso: “não é adequado”.

Quando a reportagem argumentou que determinadas pessoas não têm roupas diferentes à sua disposição (afinal, certas peças de vestuário podem custar caro para alguns, a depender do poder aquisitivo), Zoia disse que “tudo pode ser conversado”.

Ele também disse que funcionários da recepção é que fazem a triagem, e que se alguém alegar que “não tem outra roupa para usar”, a direção do hospital pode autorizar (ou não) a entrada do visitante.

Zoia confirmou que há pessoas treinadas na recepção para barrar quem não obedece ao que estipula o cartaz. E que “cada caso é um caso”.

Proibir decotes profundos, transparências insinuantes, shorts e minissaias curtíssimas talvez faça algum sentido em prol de uma conduta, digamos, menos sensualizada nos corredores do hospital municipal. Afinal, em tese (pelo menos), não é ocasião para seduzir alguém.

Mas, no auge do verão de 40 graus à sombra, vai ficar difícil convencer alguém a sair de casa de calça comprida e sapato fechado no lugar da bermuda, camiseta e chinelo. Mesmo que seja para visitar algum parente enfermo, até porque calor no Rio de Janeiro é em quase todo o lugar.

Redação

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