Projeto de balé que atende cerca de 200 crianças na Costa Verde busca apoio
Rifas e vaquinhas online são as alternativas que restam à profissional de dança Thalía Oliveira enquanto não surgem apoios financeiros ou patrocinadores que possam ajudar a manter o Rede de Ballet Clássico Social. Como o nome já indica, trata-se de uma ONG (Organização Não Governamental) que usa a dança para atender a crianças e adolescentes na Costa Verde com alguma condição especial. Atualmente, são cerca de 200 com TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), ansiedade ou depressão.
No comando do projeto há alguns meses – período no qual se reveza entre Angra dos Reis, Paraty e a Favela de Antares, no Rio de Janeiro –, Thalía, de 25 anos, afirma que não recebe qualquer remuneração pelo projeto, assim como suas assistentes. Para custear as passagens da equipe, ela cobra uma taxa colaborativa, que fica entre R$ 5 e R$ 20.
RESULTADOS POSITIVOS
O sacrifício, porém, parece estar rendendo frutos. Segundo Thalía, os próprios pais e os profissionais da área da psicologia que acompanham as crianças e os adolescentes têm dado retornos positivos quanto ao desenvolvimento dos beneficiários: “Os pais me falaram que as crianças estão com mais atenção e começaram a socializar. E a terapia ajuda também no desenvolvimento da fala e no desfralde de algumas crianças que usam fralda ainda”, observa.
Ainda de acordo com Thalía, a dança-terapia – como a técnica pode ser chamada – libera endorfina, dopamina e serotonina, hormônios que dão a sensação de prazer e alegria. Nos casos do TEA e do TDAH, a atividade pode ser benéfica para o desenvolvimento motor e contribuir para o aumento da qualidade de vida e a redução da gravidade das condições.
Para quem deseja entrar em contato com a Rede Ballet Social Oficial, a ONG está no Instagram como @redeballetsocialoficial.