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Possibilidade de novo hospital enche de esperança moradores de Seropédica

Aconteceu no dia 9 de julho o lançamento da pedra fundamental do hospital municipal de Seropédica. Com isso, cria-se um marco para as obras da unidade que vai ficar às margens da estrada que atravessa o município, a BR-465, conhecida como “Rio-São Paulo”. O anúncio trouxe expectativas para os moradores, pois, até então, não há um equipamento de saúde de grande porte na cidade.

No evento estavam presentes o prefeito Lucas Dutra (PSC), acompanhado por sua vice, Vandrea Furquim (DEM), e pela primeira-dama Isabel Ribeiro. Outros políticos aliados também compareceram, dentre eles o deputado federal Luiz Antonio Teixeira Junior (PP) e vereadores, a saber: Hugo Pereira do Canto Júnior (Patriota), Luciana Alves (DEM), Wattyla Felypeck Gabriel Vicente (PTB), Sizenando Fernandes Paixão (Avante), Maximiliano Oliveira de Souza (PSC), Bruno de Almeida Santos (PDT), Marcos Lomeu de Miranda (Solidariedade), Sidnei Coutinho Perrut (PSC) e Fernando Gomes Leite (Patriota). 

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Na ocasião, o prefeito Lucas revelou que o hospital contará com verbas federais, estaduais e municipais para sua construção. Ele também anunciou a aquisição e funcionamento da primeira UTI Móvel da cidade, uma iniciativa concretizada pela Diretoria de Urgência e Emergência do Município com a intenção de ampliar o número de ambulâncias para garantir um serviço mais amplo à população. 

Para conseguir atendimento público especializado, típico de hospitais, os moradores de Seropédica geralmente precisam sair da cidade, o que muitas vezes pode significar a diferença entre a vida e a morte. As unidades com maior complexidade de atendimento mais próximas ficam em Paracambi (Hospital Municipal Dr. Adalberto da Graça) e em Itaguaí (Hospital Municipal São Francisco Xavier – HMSFX). Este último, pauta antiga na cidade vizinha e que até bem pouco tempo não tinha um Centro de Terapia Intensiva. Hoje, a unidade itaguaiense conta com poucos leitos de CTI e muitas de suas alas estão literalmente caindo aos pedaços. O HMSFX fica longe: a cerca de 25 quilômetros do Centro de Seropédica, um percurso sacolejante na RJ-99 ainda cheia de buracos, mas, felizmente, em reforma. O outro hospital mais próximo fica em Paracambi, cuja distância é 17 quilômetros.

Portanto, um hospital que contasse com emergência e especialidades ambulatoriais e clínicas seria um alento para os seropedicenses que precisam frequentar hospitais para se tratar. Além disso, a proximidade com o Arco Metropolitano (que tem altos índices de acidentes com veículos por ser uma via expressa) torna capaz a interligação com outras cidades da Baixada. Isto pode ajudar a atender muita gente na região, que é carente de infraestrutura como um todo, mas que, na saúde, se constitui em um drama, principalmente por causa da distância de centros mais desenvolvidos.

PERSPECTIVAS DA COMUNIDADE 

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Ana Carolina Rodrigues, de 43 anos, mora no bairro Santa Sofia e contou suas expectativas com o lançamento da pedra fundamental e a promessa de um novo hospital. Ela sofre de fibromialgia, uma doença crônica, há dez anos e faz tratamento no Hospital dos Servidores, no bairro da Saúde no Rio de Janeiro. “É muito desgastante ter que ir para o Rio, eu acordo de madrugada para conseguir chegar e praticamente perco meu dia todo lá”, disse Ana Carolina, que ainda falou sobre suas esperanças para serviços e especialidades do novo hospital: “Tomara que realmente façam aqui e que tenha tudo. O médico que eu me consulto é reumatologista e seria muito bom poder ser atendida aqui”. 

Claudete Gomes da Silva, de 66 anos, é do bairro Canto do Rio e contou sobre a experiência que teve no ano passado, quando precisou fazer uma operação no rim. Ela foi diagnosticada em um posto de saúde de Seropédica, mas teve que ser transferida para o Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, por não haver estrutura na cidade para a realização da cirurgia. Com a notícia de um novo hospital, Claudete disse esperar bons resultados: “Pelo menos não vamos ter que ir para longe para sermos atendidos”.

Na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) também há perspectiva de alcançar benefícios. O reitor da universidade, Roberto de Souza Rodrigues, compareceu ao evento de lançamento da pedra fundamental e de acordo com a UFRRJ, existem chances de uma parceria para a criação de uma farmácia universitária no futuro. A ideia é que seja um programa de extensão, vinculado ao curso de Farmácia, mas é uma iniciativa ainda em andamento que espera os recursos necessários. 

Até o momento a Prefeitura de Seropédica não informou mais detalhes sobre o hospital municipal, como por exemplo o custo, quais especialidades terá e em quanto tempo ficará pronto.

Redação

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