PF deflagra operação para combater organização criminosa na Alerj
AÇÃO
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) realizam, na manhã desta quinta-feira(8), a Operação Furna da Onça, que investiga a participação de deputados estaduais do Rio de Janeiro em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual. As autoridades esperam cumprir 22 mandados de prisão e outros 47 mandados de busca e apreensão. Os mandados são expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF2). Até o momento, oito deputados estaduais foram presos, além de chefes de gabinete, e o presidente do Detran, Leonardo Silva Jacob, entre outros.
A ação deve ser realizada em pelo menos 40 locais, entre eles o prédio anexo da Alerj. A expectativa é de que 10 deputados sejam presos nesta operação. Entre eles, com prisão temporária decretada, estão André Corrêa (DEM), que foi secretário estadual do Meio Ambiente; Chiquinho Mangueira, que já teve o mandado de prisão desta quinta-feira cumprido; Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinícius “Neskau” (PTB)
A Operação Furna da Onça é um desdobramento da Operação Cadeia Velha, deflagrada em novembro de 2017. Atualmente conta com 200 policias federais, 35 membros do MPF e 10 auditores da Receita.
De acordo com a PF, a organização criminosa, chefiada por ex-governador preso, pagava propina a vários deputados estaduais. O pagamento era a fim de que patrocinassem interesses do grupo criminoso na Alerj. Segundo as investigações, o “mensalinho” era resultado de sobrepreço de contratos estaduais e federais. De forma ilícita, os parlamentares eram beneficiados ainda com o loteamento de cargos em diversos órgãos públicos do Estado, onde poderiam alocar mão de obra comissionada ou terceirizada.
Os investigados devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.