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Parcerias para a inovação em benefício da sociedade

Embasada no trinômio reciclar, reutilizar e ressignificar, uma parceria que une a Receita Federal, a Agência de Inovação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Secretaria de Indústria, Comércio, Ciência, Tecnologia e Inovação (SICCTI) de Seropédica está promovendo uma importante revolução na iniciativa de transformar produtos que seriam destruídos ou que não têm mais uso adequado em insumos para a confecção de equipamentos destinados à educação na própria UFRRJ e, posteriormente, em unidades da rede municipal de ensino de Seropédica. A ideia faz parte do projeto denominado “Uma receita de inclusão social”.

À frente da iniciativa estão o titular da SICCTI, secretário Carlos Alberto Machado de Freitas, e os professores Robson Mariano, que é diretor do Instituto de Ciências Exatas da UFRRJ, e Romulo Cardoso, diretor da Agência de Inovação da UFRRJ. Eles contaram ao ATUAL que o material cedido pela Receita Federal é fruto de apreensões por não se enquadrarem nas normas determinadas pelo órgão de controle aduaneiro. Os equipamentos doados são adaptados a outros que seriam descartados pela própria UFRRJ, dando origem a máquinas que permitem a realização de operações como a função de calculadora, a confecção de planilha a edição de textos, à feitura de linguagem de programação e a elaboração de gráficos, dentre outras finalidades.

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PONTO DE PARTIDA A APLICAÇÃO NA EDUCAÇÃO

O professor Robson Mariano disse que o material utilizado no projeto é 100% reciclado. “O que estamos produzindo pode ser colocado a serviço dos laboratórios da universidade, mas pode também ser direcionado a escolas da rede pública municipal, a ONGs, a comunidades quilombolas. O leque é muito amplo e está de acordo com o nosso slogan, que é reciclar, reutilizar e ressignificar”, disse o professor, que há dois meses vem se dedicando com afinco à implementação da parceria. Segundo ele, a ideia é, também, sensibilizar empresas que queiram se desfazer de seu lixo eletrônico, doando-o para o projeto, que, num sonho mais ambicioso, tem a proposta de criar uma escola para ensinar os alunos a pilotarem drones.

Tendo como ponto de partida a aplicação na educação, a iniciativa poderá ter ainda mais aplicações, chegando até mesmo à agricultura familiar, contribuindo para que os produtores rurais tenham o apoio da tecnologia no incremento de suas atividades no campo. O professor Robson Mariano destacou como essencial a participação da SICCTI na parceria. “A secretaria foi fundamental, pois isso é ciência e tecnologia. A tecnologia tem que fazer bem para a humanidade senão perde o sentido. A visão e a parceria com a secretaria nos impulsionou. Cada vez que o secretário Carlos Alberto de Freitas vem nos propor um desafio o nosso entusiasmo é renovado”, acentuou Mariano.

INTEGRAÇÃO E BUSCA DE PARCERIAS

O professor Robson Mariano se entusiasma tanto com a parceria que a entrevista inicialmente combinada para durar alguns minutos se prologou por mais de uma hora, tamanha a quantidade de informações que ele se dispôs a passar. “Nós precisamos colocar a mão na massa para fazer a diferença”, disse ele, classificando que o projeto é uma grande oportunidade para a comunidade de Seropédica e até da região. “Ele é a ponta de um iceberg de parcerias que visam preservar o meio ambiente e melhorar a vida da comunidade”, salientou ele, apoiado pelo colega Romulo Cardoso. Segundo ele, os equipamentos a serem produzidos podem ser adaptados às necessidades do público a que vão ser destinados, garantindo a sua plena funcionalidade.

O professor Robson Mariano fez questão de acenar para empresas da região que queiram fortalecer a parceria , permitindo que os kits a serem produzidos possam chegar ao maior número possível de escolas. “A universidade tem que produzir inovação, transformando o que seria lixo em equipamentos em benefício da sociedade. Uma coisa muito boa foi a Receita Federal acreditar na universidade. É uma forma de passar para a população que a Receita cobra, mas também tem o seu lado social, que é de grande importância”, concluiu.  

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O projeto “Laboratório de prototipagem e humanidades digitais” vai levar às escolas o acesso às inovações tecnológicas na solução de problemas cotidianos (FOTO REPRODUÇÃO)

TECONOLOGIA COMO SOLUÇÃO NAS ESCOLAS

Com o propósito de ampliar as possibilidades de acesso de alunos das escolas públicas de Seropédica às inovações tecnológicas a SICCTI também concebeu o projeto “Laboratório de prototipagem e humanidades digitais”, que introduz uma visão inovadora do ensino e a aplicação da tecnologia na educação. Segundo o secretário Carlos Alberto de Freitas, o foco principal é o de introduzir várias tecnologias como robótica, programação, ciência maker de forma aplicada à solução de problemas complexos do cotidiano dos alunos, como gestão de lixo, geração de energia, agricultura tecnológica, usando de forma interdisciplinar com artes, letras e matemática. O projeto também é  uma parceria da Prefeitura de Seropédica, por meio da SICCTI;  e da UFRRJ, através do Instituto de Ciências Exatas.

Redação

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