Marinha do Brasil pretende estabelecer parceria com Marinha da Índia
As informações são da publicação especializada Petronotícias. A Marinha Brasileira está interessada numa nova parceria com a Índia, em função da experiência dos indianos em setores estratégicos. A ideia é se aproximar dos especialistas estrangeiros para estabelecer trocas no domínio da manutenção e tecnologia submarina, pois o Brasil conta agora com um significativo aumento e incremento da frota de submarinos da classe Scorpène.
A proximidade do evento “Diálogo Ministerial” em Nova Deli, em abril próximo, deve lançar as conversações a um novo patamar.
Hoje, a Índia é o país mais populoso do mundo. É um mercado gigantesco de 1,408 bilhão de pessoas. O país possui um robusto programa de submarinos domésticos e poderá se beneficiar do intercâmbio tecnológico e da cooperação mútua com o Brasil. Na pauta de interesses está a negociação entre as duas marinhas para a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) que visa quatro pontos estratégicos.
O principal ponto do documento é a Redução de Custos, ou seja, baratear a manutenção e reparo dos submarinos Scorpène do Brasil. Isto pode incluir partilha de conhecimentos e a criação de programas de formação conjuntos, ou até mesmo o desenvolvimento de instalações cooperativas.
Cooperação Técnica e Treinamento são o segundo item: a experiência indiana em manutenção e operações submarinas aperfeiçoaria as capacidades brasileiras.
Qualquer anúncio de cooperação entre os dois países no setor de defesa submarina, contudo, só ocorrerá, se tanto, depois de abril.
Cabe lembrar que no final deste mês de março o Brasil receberá a visita do presidente francês Emmanel Macron. Os submarinos Scorpène fabricados no Brasil (em Itaguaí) são de tecnologia francesa. Macron deve vir a Itaguaí acompanhado do presidente Lula. Dentre os objetivos comerciais da visita do presidente francês está a expansão do mercado de energia nuclear no Brasil, de olho nas instalações de pequenos reatores nucleares para geração de energia e também no mercado militar.