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Itaguaí: em greve, funcionários da Nuclep protestam

Na segunda-feira (13), funcionários da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) realizaram um protesto na frente da sede da empresa em Itaguaí. Os colaboradores estão em greve desde o dia 7 de junho, quando resolveram parar as atividades por conta da redução de até 70% nos salários de cerca de 100 funcionários.

O ato reivindica a reversão do corte nos salários, que aconteceu depois que uma auditoria interna, realizada em 2018, deu origem a um relatório apresentado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O documento identificou supostas irregularidades na progressão dos vencimentos dos funcionários desde 2010.

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PROCESSO INTERNO DE AVALIAÇÃO

Os trabalhadores afirmam que os aumentos foram aprovados depois de um processo interno de avaliação com participação de uma comissão e do setor jurídico da empresa. Além disso, foi realizada uma reunião da diretoria executiva que analisou o processo de reajuste e encaminhou para a Secretaria de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (SEST). Na sequência, o processo seguiu para os ministérios de Ciência e Tecnologia e do Planejamento, onde foram analisados e autorizados.

Segundo os funcionários, apesar das tentativas dos trabalhadores de resolver a questão, a empresa não tomou qualquer medida para reverter o corte nos salários. Sem possibilidade de diálogo, eles decidiram pelo estado de greve no dia 31 de maio e pela greve nesta terça, dia 7 de junho.

TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO

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A Nuclep, especializada na produção de maquinário para os setores nuclear, óleo e gás, energia e defesa, entrou em contato com o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindimetal-Rio), e as entidades fizeram uma audiência de conciliação, mas nada foi resolvido.

Os sindicalistas pediram que a empresa se comprometesse a não reduzir o salário dos trabalhadores até que uma ação que tramita na Justiça sobre o caso transite em julgado. A Nuclep, no entanto, diz que o processo já transitou em julgado e, por isso, manteve a redução. O embate na Justiça começou há quatro anos.

NOTA DA EMPRESA

A Nuclep enviou para a reportagem uma nota em que diz o seguinte, na íntegra:

“Com relação a informação de que a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A está reduzindo os salários dos seus funcionários em até 70%, a Diretoria Executiva esclarece que isso não procede e trata-se de uma afirmação divorciada da realidade. A NUCLEP cumpre uma decisão judicial transitada em julgado e sem recurso cabível.

Esclarece-se, dentro deste contexto, que o Tribunal de Contas da União determinou que a NUCLEP tomasse providências a despeito de funcionários – que no passado receberam Ascensão Funcional de maneira ilegal. Segundo o STF, a promoção, progressão para cargo/carreira diverso do originalmente contratado é uma prática INCONSTITUCIONAL, Súmula Vinculante nº 43.

ESSA ASCENSÃO FUNCIONAL DADA A ESSES FUNCIONÁRIOS EM GOVERNOS PASSADOS DE FORMA ILEGAL PERMITIU QUE FUNCIONÁRIOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL RECEBESSEM REMUNERAÇÃO DE APROXIMADAMENTE R$40 MIL (Quarenta mil reais – Teto salarial).

Ressaltamos ainda sobre a deflagração da greve, que o Tribunal Regional de Trabalho da 1ª Região já se manifestou exigindo que a empresa funcionasse com 90% de seu efetivo tendo em vista os serviços essenciais prestados pela NUCLEP.

Dado o descumprimento da determinação o TRT aplicou ao Sindimetal-Rio multa diária, já tendo sido agravada em função do não cumprimento, conforme liminar anexada”.

Redação

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