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Mangaratiba: CCR apresenta para prefeitura Plano de Desocupação da Rio-Santos

Com objetivo de tirar dúvidas dos moradores sobre a desocupação de trechos e a duplicação da Rodovia Rio-Santos, nesta quinta-feira (10) foi realizada uma reunião de trabalho entre a Prefeitura de Mangaratiba e representantes da CCR RioSP, da empresa Ângulo Social e associações de moradores da cidade. O encontro, apoiado pelo Ministério Público Federal, teve como foco esclarecer o passo a passo do processo de desocupação, prazos, e estreitar a relação das empresas com o poder público e a população.

Na reunião, a equipe da Ângulo Social – empresa contratada pela CCR para fazer o diagnóstico social e a elaboração do plano de desocupação – fez uma apresentação e explicou sobre o trabalho de identificação, visita e ocorre desde março/22 e não havia sido comunicado aos órgãos municipais. Segundo a empresa, os próximos passos serão a finalização de uma pesquisa de vulnerabilidade socioeconômica e do plano de desocupação, o qual será submetido à prévia aprovação da ANTT.

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Após a apresentação, o Secretário de Fazenda e Habitação – Marcio Ferreira, questionou a falta de diálogo da CCR com o município e os moradores. Ele cobrou o envio do cronograma de obras, desocupação e demais etapas da concessão.

“Todos somos a favor da duplicação, pois entendemos que é um progresso. Porém, isso não pode ser feito sem diálogo com os órgãos municipais e, principalmente, com a população que sofrerá os impactos dessa concessão por pelo menos 30 anos. Isso deve ser feito de forma transparente. Estamos falando da vida de centenas de famílias, que precisam e merecem saber de todo esse processo. Nós, enquanto prefeitura, estamos prontos para defender os interesses da municipalidade e precisamos ser participados de todas as ações do plano de desocupação”, disse Ferreira.

268 PONTOS DE OCUPAÇÃO

De acordo com informações da Ângulo Social, até o momento foram identificados 268 ocupações em faixa de domínio da rodovia que devem ser desocupadas até o quinto ano da concessão.

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Luana Nunes, vice-presidente da Associação de Moradores das Cachoeiras, reforçou que as comunidades estão abertas ao diálogo e que os moradores precisam entender, de forma clara, como serão as etapas da desocupação: “Estamos dispostos a ajudar, mas, não podemos ficar sem informações e no desespero. A obra da rodovia mexe nas nossas vidas, tem pessoas tendo crise de ansiedade. Se tudo for feito de forma esclarecida para nós e a prefeitura, esse processo será menos difícil”, finalizou.

Ao fim do encontro ficou acordado que a Prefeitura vai enviar um relatório para a CCR com todas as dúvidas apontadas e que a ata da reunião será encaminhada ao Ministério Público Federal, que tem acompanhado toda a situação.

Participaram da reunião os Secretários Antonio Marcos Barreto (Meio Ambiente), Coronel Escarani (Defesa Civil), Márcio Gomes (Obras), a Procuradora Geral do Município – Sara Souza, o Vereador Júnior Laurentino, a Diretora da CCR – Maria Gomes, representantes da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, além de associações de moradores de Muriqui e Praia Grande.

Redação

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