Itaguaí: Draco cumpre mandados de busca e apreensão em filial da milícia
A Draco (Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas) segue com as investigações sobre uma possível exploração ilegal de provedor de internet por parte da mílicia. Segundo informações do perfil da delegacia no Instagram, a quadrilha conhecida como Bonde do Zinho – chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão e sucessor de Wellington da Silva Braga, o Ecko – opera o negócio ilegal. Ainda de acordo com investigadores, o grupo miliciano, que a Polícia Civil aponta como o maior do Rio de Janeiro, tem sede em Santa Cruz, Zona Oeste da capital, e filiais em Itaguaí e Sepetiba.
Na terça-feira (13), como continuidade das investigações, a Draco cumpriu 12 mandados de busca e apreensão por meio da operação “Acesso Negado”. Os destinos destas operações foram essas sedes, além das residências dos sócios na Barra da Tijuca e no Recreio.
Em Santa Cruz, policiais chegaram a uma casa de dois andares, com piscina e churrasqueira, que seria propriedade de um policial militar reformado. No imóvel, os agentes apreenderam dois veículos, celulares, documentos e R$ 10 mil em espécie. Já na sede da empresa de internet, eles apreenderam mais R$ 270 mil em espécie.
MILÍCIA EXPULSA OPERADORAS
Segundo as investigações, o policial militar reformado é sócio na empresa, que detém o monopólio de Internet nas localidades onde atua. Os agentes chamam atenção ainda para o fato de a atividade, explorada desde 2007, impossibilitar que companhias do ramo operem nessas regiões, devido a ameaças armadas aos técnicos, furtos de equipamentos e vandalismo das redes – o que também obriga os moradores a assinarem o serviço dos paramilitares.
Até o atual estágio das investigações, a Draco já apreendeu carros de luxo, altas quantias em dinheiro (inclusive dólares), aparelhos de mídia e telefones celulares. Todo o material vai para a sede da especializada, onde a Polícia Civil formaliza as apreensões.