Ilha Grande: Inea participa de resgate de golfinho
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), por meio da Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual de Tamoios, participou no sábado (4), do resgate de uma orca-pigméia (Feresa attenuata) encalhada na Praia do Provetá, em Ilha Grande. De acordo com o Inea, a operação de salvamento do raro golfinho oceânico durou cerca de 15 horas na praia inserida no território da unidade de conservação estadual, na Costa Verde, e chegou ao fim na manhã de domingo (5).
O Inea informou que a orca-pigméia é um golfinho oceânico pouco conhecido e seu nome popular deriva do fato de compartilhar algumas características físicas com a orca. É a menor espécie de cetáceo, mamíferos exclusivamente aquáticos, que possui “orca” no nome comum. Segundo o Inea, o animal de 2, 25 metros foi encaminhado para o Centro de Recuperação e Despetrolização (CRD), em Angra dos Reis, e no local será analisado o que motivou o caso, uma vez que não é característico de espécies oceânicas encalhar.
OPERAÇÃO CONJUNTA
A ação foi fruto de uma operação conjunta entre o Inea e o Comando de Polícia Ambiental, a Prefeitura de Angra dos Reis, o Econservation e o Maqua/Uerj, além do apoio da população local.
Para a gestora da unidade de conservação, Krishna Koshiyama, essa atuação interinstitucional foi primordial para o resgate bem-sucedido do animal. “Fomos acionados e prontamente demos as devidas orientações e coordenamos essa rede de contatos. Promover um diálogo coerente e colaborativo entre todos os atores mais uma vez nos mostrou resultados positivos”, afirmou.
Ao encontrar animais em risco em ambientes públicos, não se aproxime e acione o Comando de Polícia Ambiental e o Corpo de Bombeiros.
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
A Área de Proteção Ambiental Estadual de Tamoios se localiza no município de Angra dos Reis, na Costa Verde, e conta com uma extensão de 22.530,17 hectares. Criada em 1986, a unidade de conservação tem como objetivo a proteção do ambiente natural, das paisagens de grande beleza cênica e dos sistemas geo-hidrológicos da região, que abrigam espécies biológicas raras e ameaçadas de extinção, bem como as comunidades caiçaras integradas naqueles ecossistemas.