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Ibama reabre centro para animais silvestres após obras e explica ‘situação periclitante’

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) informou que reinaugurou na segunda-feira (19) o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) após nove meses de obras. A notícia, no entanto, pareceu contraditória em relação a uma reportagem do portal G1 de 11 dias atrás, que dava conta de uma condição estrutural e financeira delicada do espaço localizado em Seropédica, o único do estado credenciado para receber e tratar espécies selvagens.

Segundo a matéria, Daniel Charliton, superintendente do Ibama no Rio de Janeiro, teria enviado a Eduardo Bim, presidente do instituto, um ofício mencionando a situação “urgente e periclitante” do Cetas. O documento até existe, mas, de acordo com Charliton, foi emitido com o intuito de alertar e se precaver, e não para retratar a realidade de momento.

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Depois que o ATUAL contatou o Ibama para entender como a reforma do Cetas poderia ter sido concluída em meio a uma crise, o superintendente procurou a reportagem para dar sua versão da situação. Charliton explicou que um primeiro ofício, assinado em 28 de novembro pelo presidente Eduardo Bim, alertava o Ministério do Meio Ambiente sobre as consequências que o Cetas poderia sofrer se tivesse prosseguimento um contingenciamento de recursos – cerca de R$ 45 milhões – destinados ao Ibama que vigorava até o mês passado a pedido do Ministério da Economia.

REFORMA MANTIDA

O bloqueio de verba federal, pelo relato de Charliton, refletiria negativamente nos cuidados aos animais e no cumprimento de decisões judiciais. Ou seja, as obras, que ficaram na casa dos R$ 630 mil, não foram afetadas.

Ainda de acordo com Daniel Charliton, todos os superintendes estaduais do Ibama tiveram acesso ao ofício do presidente Bim para que “buscassem planejamentos preliminares, além de eventuais alternativas”. Foi então que ele emitiu, no último dia 7, um segundo ofício, no qual falou em situação “urgente e periclitante”.

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Ao ATUAL, o superintendente destacou: “Ciente de todas as implicações que possíveis contingenciamentos de recursos poderiam impactar nas atividades do Cetas, de forma preventiva e buscando o necessário alerta, mencionei ao Senhor Presidente (Bim) sobre a possível priorização de recursos para o funcionamento da unidade, a fim de que não ocorressem possíveis efeitos aos animais”.

No mesmo contato com a reportagem, Charliton reforçou que a situação, pelo menos por enquanto, está sob controle: “Apesar dos contratempos orçamentários e financeiros, dada a relevância do funcionamento do Cetas, estão assegurados, até o presente momento, os recursos mínimos para que sejam resguardados os cuidados necessários com os espécimes acolhidos na unidade”, complementou o superintendente.

AS OBRAS

Em seu site oficial, o Ibama destaca que as obras recentes – que custaram aproximadamente R$ 2 milhões – deram ao Cetas uma nova infraestrutura com capacidade para receber cerca de 12 mil animais por ano. Os trabalhos incluíram reparos em toda a parte elétrica e sanitária, além da ampliação de 42 recintos, que passam a oferecer mais conforto e melhores condições de tratamento aos animais.

A propósito, durante as reformas, parte dos animais permaneceu no próprio Cetas, mas em áreas adaptadas, enquanto outros foram devolvidos à natureza, depois da avaliação de especialistas.

Instalação do Cetas antes das obras, que tiveram duração de nove meses (Divulgação)

A clínica veterinária, que ganhou a parceria da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) na gestão de Daniel Charliton, conta agora com um segundo centro cirúrgico. Já para os funcionários, as novidades são novos equipamentos e mobílias nas salas administrativas; um novo alojamento; e câmeras de monitoramento contínuo para auxiliar o trabalho da vigilância.

Já em termos de administração, o Ibama terá a partir de 4 de janeiro a parceria do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) para uma gestão compartilhada, por meio de um acordo de cooperação técnica.

Redação

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