Escolas de Seropédica abrem as portas para a tecnologia
Uma solenidade realizada na segunda-feira (20), na Escola Municipal Luiz Leite Brito, no bairro Fonte Limpa, marcou o lançamento oficial do projeto de robótica nas escolas, iniciativa que visa o uso de recursos tecnológicos associados às diversas matérias da grade curricular convencional para promover o desenvolvimento intelectual dos alunos, estimulando o raciocínio lógico, a coordenação motora e a interação social. No lançamento, os alunos de uma turma do Ensino Fundamental I participaram de uma dinâmica envolvendo a montagem de semáforos numa estratégia focada na disseminação do conceito de respeito às normas de trânsito. A iniciativa segue o conceito do laboratório maker, que é um espaço compartilhado, no qual os estudantes podem colocar em prática ideias e criações inovadoras.
Participaram da solenidade autoridades como o secretário de Indústria, Comércio, Ciência, Tecnologia e Inovação de Seropédica, Carlos Alberto Machado de Freitas; o subsecretário de estado de Captação de Recursos e Projetos em Ciência, Tecnologia e Inovação, Fabricio Repsold; o coordenador do projeto, Alisson de Castro; o diretor do Instituto de Ciências Exatas da UFRRJ, Robson Mariano da Silva; o secretário de Comunicação e Eventos, Alexandre Rafael da Silva; e o conselheiro da Fundação Francisco de Assis, Alexandre Fagundes, que informou ao ATUAL a ideia da entidade de buscar, em nível estadual, identificar oportunidades de investimentos em turmas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio para estimular o desenvolvimento intelectual de crianças e jovens, em apoio ao Governo do Estado e aos municípios.
O projeto de robótica nas escolas é fruto de uma parceria do Instituto Casa do Pai, que é a entidade gestora; da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, que tem alunos do curso como monitores; e das secretarias municipais de Indústria, Comércio, Ciência, Tecnologia e Inovação, e de Educação. Ao todo nessa primeira fase cerca de 600 alunos serão beneficiados com aulas que são ministradas em salas equipadas com microcomputadores e até impressora 3D, permitindo aos estudantes o acesso à robótica humanizada, que, segundo Alisson de Castro, que é especialista em humanidades digitais, constitui o uso de materiais didáticos produzidos para oferecer ao aluno uma ampla formação sobre temas no universo da tecnologia com material adequado para o ensino.
INICIATIVA DEVERÁ SER UNIVERSALISADA NA CIDADE
O projeto de implantação de robótica nas escolas também é desenvolvido simultaneamente em turmas do Ensino Fundamental I da Escola Municipal Eulalia Cardoso de Figueiredo, no Parque Jacimar; e em turmas do Ensino de Jovens e Adultos da Pastor Gerson Ferreira Costa, no bairro Boa Esperança. Segundo o secretário de Indústria, Comércio, Ciência, Tecnologia e Inovação de Seropédica, Carlos Alberto Machado de Freitas, a ideia é que em breve a iniciativa chegue a todas as escolas da rede municipal de ensino. Em entrevista ao ATUAL, o subsecretário Fabrício Repsold falou sobre a possibilidade de criar parceria com o município para ampliar o projeto na cidade e até mesmo levá-lo a outros municípios do estado. “Acho que tudo que engloba tecnologia e educação é importante para formar as crianças desde a base. Além disso é uma iniciativa que ajudar a prender a atenção das crianças nas salas de aula”, disse Rapsold.
PROJETO COM APOIO EMPRESARIAL
O projeto ganhou o reforço da empresa Zani Brasil Energias, cujo proprietário, José Achino, prometeu doar placa fotovoltaica para captar energia solar de modo a abastecer os equipamentos que vão compor o arsenal tecnológico empregado na iniciativa, dentre os quais drones e pequenos robôs, que são empregados no ensino das crianças, com foco na aplicação da tecnologia na realidade de seu cotidiano, buscando despertar mentes criativas e pensantes, conforme enfatizou o coordenador do projeto, Allison Castro, em discurso na abertura do evento. Também no discurso de abertura, o secretário Carlos Alberto Machado de Freitas destacou a importância da tecnologia nas escolas desde os primeiros segmentos como forma de capacitar os estudantes num mundo em que a tecnologia predomina cada vez mais. O projeto busca integrar ciência e tecnologia no currículo escolar, estimulando a criatividade e promovendo a inclusão digital entre os estudantes, capacitando os alunos desde cedo, focando no empreendedorismo de modo a facilitar o seu ingresso no mercado de trabalho.