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Prefeitura de Itaguaí pretende instalar escola técnica de teatro no Marilu Moreira

Mais conforto, acessibilidade e, possivelmente, aprendizado. São estes fatores que a Secretaria de Educação e Cultura de Itaguaí quer que o Teatro Municipal Marilú Moreira proporcione à população tão logo acabe a reforma que começou em março passado – ainda não há previsão para o término. Além de palco para apresentações teatrais, a ideia é que o equipamento funcione também como uma escola técnica de teatro.

Até o fechamento para as melhorias – cujo investimento está estimado em R$ 2.542.732,66 – o equipamento já recebia cursos livres e oficinas.

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Mas a partir do início do ano letivo de 2024, a pasta pretende iniciar a formação de profissionais do setor – inicialmente, com cursos apenas para postulantes a ator e atriz; funções técnicas, como sonoplastia e iluminação, ficariam para um segundo momento: “Queremos implementar uma escola técnica municipal de teatro. O aluno vai sair com formação de pós-médio”, explica Willian Cezar de Castro Padela, subsecretário de Cultura, ao ATUAL.

Sobre em que pé está o planejamento, ele revela:

“Estamos providenciando a autorização do Governo do Estado para atender a todas as exigências necessárias”

Willian Cezar de Castro Padela, subsecretário de Cultura de Itaguaí

ABRANGÊNCIA

Caso venha a se tornar realidade, a escola técnica de teatro de Itaguaí supriria uma carência regional para quem sonha em trabalhar com teatro. Isso porque ainda não existem cursos profissionalizantes na cidade, nem nos municípios vizinhos da Costa Verde – Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty.

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Ou seja, aspirantes a trabalhador das artes cênicas precisam ir ao Rio de Janeiro a fim de buscar instituições com bacharelado em teatro – Escola Técnica Martins Pena (estadual), Unirio (federal) e CAL – Casa das Artes de Laranjeiras (particular) são as mais renomadas.

Até por essa escassez na região, Willian Cezar adianta que o futuro projeto não ficará limitado a estudantes itaguaienses: “Ofereceremos cursos e receberemos alunos de vários locais. Se o aluno se formar aqui, sair com diploma, será importante. Vai ser um avanço”.

O subsecretário de Cultura Willian Cezar de Castro Padela ao lado de Nilce Ramos, secretaria de Educação e Cultura, ainda no início das obras no Municipal (Arquivo pessoal)

MELHORIAS

Enquanto se movimenta para tirar o projeto de escola técnica do papel, a subsecretaria toca as obras no teatro para a retomada das atividades culturais no equipamento da Rua Amélia Louzada, 311 – Centro. O cronograma previa a reabertura para 19 de setembro, quando o espaço completará 25 anos de fundação, mas foi preciso adiar a data – neste período de portas fechadas, a pasta tem realizado eventos culturais em praças públicas.

E o objetivo da reforma, claro, é oferecer mais estrutura e conforto, tanto para os artistas que vão se apresentar, quanto para o público. Inclusive, com mais acessibilidade.

De acordo com a subsecretaria, o custo das obras no teatro está na casa dos R$ 2,5 milhões (Wellington Alves/Estúdio Fotográfico Costa Verde)

Dentre as novidades, estão equipamentos modernos de sonorização e iluminação; poltronas reformadas e acréscimo de novos assentos (a capacidade vai de 170 para 200 espectadores); poltronas com acessibilidade para cadeirantes e obesos; elevador de acesso do camarim ao palco; rampa e escada coberta:

“Ninguém vai mais precisar se molhar entre a bilheteria e a plateia se estiver chovendo”

Willian Cezar de Castro Padela, subsecretário de Cultura de Itaguaí

REINAUGURAÇÃO

E para a retomada, a proposta é realizar uma semana inteira com diversas atividades culturais, inclusive com artistas mais conhecidos do grande público.

Mas quanto às atrações, Willian Cezar desconversa: “Só falo quando o contrato estiver assinado (risos)”.

PORTAS ABERTAS

Ainda sobre famosos – que não eram presença constante no teatro até o fechamento para obras –, o subsecretario esclarece por que não é rotina na cidade receber atores mais populares:

“Às vezes, o cachê é alto. E isso deixa o ingresso caro, o que foge da realidade da população local”

Willian Cezar de Castro Padela, subsecretário de Cultura de Itaguaí

Mas, independentemente de fama nacional ou não, Willian Cezar destaca uma política do Teatro Municipal que existia antes da reforma e permanecerá: a possibilidade de não haver custos para quem se apresenta por lá: “Se não tiver bilheteria, não há custo para o artista. E se ele cobrar, paga só o borderô, valor que vai para o fundo municipal de cultura”.

Então, para aqueles que estão à procura de um palco para encenar produções futuras, eis a dica: a ausência de cobrança da taxa no Municipal é vantajosa para o público, pois permite que não haja impacto na bilheteria, e, obviamente, também para o artista local com poucos recursos: “Para se apresentar no teatro é gratuito. Estamos de portas abertas”, conclui o subsecretário.

Luiz Maurício Monteiro

Repórter com mais de 15 anos de trajetória e passagens por diferentes editorias, como Cidade, Cultura e Esportes.

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