Projeto leva prática do remo a alunos de Mangaratiba
Visando à transformação social através do esporte, o projeto “Remando para o Futuro”, realizado na Praia do Saco, em Mangaratiba, atualmente contempla 30 crianças e adolescentes com aulas de canoagem. A iniciativa é um projeto social sem fins lucrativos que tem como objetivos principais proporcionar às crianças de 9 a 15 anos, estudantes de escolas públicas da região, a prática de esportes em geral, em especial a canoagem, além de atividades sociais, recreativas e cívicas, podendo desenvolver a formação de atletas olímpicos e paraolímpicos bem como a promoção da educação com a realização de cursos, workshops, programas e eventos.
O projeto foi idealizado pelo executivo João Siqueira Cavalcanti, que morava no Rio de Janeiro, mas atualmente, prestes a se aposentar, passa parte de seu tempo em sua residência, na Praia do Saco. Seu braço direito é o fotógrafo Rafael Castilho, que também mora Mangaratiba. A dupla acentua que o projeto quer colaborar com o desenvolvimento social da comunidade.
João Siqueira contou ao Atual que a iniciativa nasceu de conversas informais com o fotógrafo Rafael Castilho, já que em comum eles têm a vontade de fazer alguma coisa pelas crianças da cidade, que fora do horário escolar tinham poucas opções para ocupar seu tempo livre. “Definimos então algumas premissas: incentivar a prática esportiva; focar em desenvolver disciplina, responsabilidade, trabalho em equipe; atividades sociais, recreativas e cívicas, podendo desenvolver a formação de atletas olímpicos e paraolímpicos; bem como a promoção da educação com a realização de cursos, workshops, programas e eventos; buscar atividades ligadas à parte náutica, vocação maior de Mangaratiba; e trabalhar com crianças de 9 a 15 anos estudantes da rede pública”, explicou.
OS PASSOS PARA VIABILIZAR O PROJETO
O executivo João Siqueira disse que numa dessas conversas com o amigo Rafael, viram na canoa havaiana um esporte que proporcionava exatamente o que eles traçavam nos objetivos. “Assim iniciamos a trajetória para tornar nosso projeto em realidade. Formalizamos a criação de uma associação sem fins lucrativos com três principais fontes de recursos: doações de pessoas físicas; aulas pagas e passeios contratados; e patrocínio de empresas. Uma vez formalizado o estatuto iniciamos uma campanha de doações que nos proporcionou recursos suficientes para aquisição de duas canoas, remos, coletes salva-vidas e outros acessórios necessários à implantação do projeto”, contou João Siqueira, que também é portador da doença de Parkinson.
Em 2022, o projeto promoveu, adicionalmente dois eventos com impacto muito positivo, uma gincana no Dia das Crianças e um luau para comemorar as festas de final de ano. “A participação dos responsáveis e as declarações emocionadas da alegria em ver seus filhos participarem do projeto foram o ponto alto das comemorações”, disse João Siqueira.
BASE, AULAS E VONTADE DE CRESCER
Com a base do projeto instalada na Praia do Saco, Rafael Castilho disse que busca os candidatos indo diretamente às escolas da rede pública de Mangaratiba. “Iniciamos o projeto com 16 alunos, no dia 6 de abril de 2022. Hoje estamos na nossa capacidade máxima de 30 alunos, divididos em três turmas, com aulas de uma hora duas vezes por semana. Iniciamos recentemente aulas de natação para duas das três turmas. Em paralelo abrimos o clube para mensalistas adultos, que remam por prazer e para fazer atividades físicas, excelente exercício. Eles pagam um valor fixo mensal para ajudar a sustentar o programa das crianças. Hoje são duas turmas com idades variando de 22 a 70 anos”, explicou ele acrescentando que tem plano de ir além. Nesse crescimento podemos chegar em um primeiro patamar de 42 crianças, melhorando a competividade, participando de campeonatos. Para isso, estamos buscando patrocínio de empresas locais interessadas em ligar o nome institucionalmente ao projeto, o que viabilizará a aquisição de novas canoas, que são fundamentais nesse crescimento”, completou
