Sebrae promove debate sobre o setor logístico do Rio de Janeiro
REFLEXÃO CONJUNTA Durante a feira de negócios Click Empreendedor, o Sebrae Rio promoveu um amplo debate sobre o desenvolvimento do Programa de Encadeamento Produtivo do Setor Logístico, com a participação de representantes da Secretaria Estadual de Transportes, da Fetranscarga, do Sistema Fecomércio Rio, do Sescoop, da Porto Sudeste, Nissan, Steffen, Sepetiba Tecon, dentre outras companhias. A iniciativa teve o objetivo de atuar junto às empresas de grande e médio porte para a inserção e o aumento da participação das micro e pequenas empresas na rede de fornecedores do setor logístico.
O programa foi desenvolvido pelo Sebrae Rio a partir de uma demanda do Governo do Estado, como parte do Plano Estratégico de Logística e Cargas do Estado do Rio. A instituição realizará a capacitação das pequenas empresas com foco no aumento da produtividade e competitividade, para a inserção na cadeia produtiva do setor. A proposta é colaborar para a consolidação do Rio de Janeiro como um hub logístico nacional e internacional, gerando oportunidades de negócios para as micro e pequenas empresas e apoiando a retomada do crescimento econômico do estado.
Gerente de Grandes Empreendimentos do Sebrae Rio, Renato Regazzi afirmou que o setor de logística pode ser um dos grandes vetores de desenvolvimento do Rio de Janeiro. “Ele tem grande capacidade de geração de emprego, renda e impostos para o estado a partir do fomento das micro e pequenas empresas na cadeia produtiva do setor”, afirmou Regazzi.
A realização das mesas redondas propiciou um amplo debate sobre alternativas, sinergias e desafios para convergir todos os empenhos com base nas vocações competitivas de cada região. Elas foram realizadas entre os dias 1 e 4 e contaram com a presença de representantes de grandes empresas do setor logístico, com foco nas compras locais e no desenvolvimento de fornecedores de pequeno porte. Também houve apresentação de como se qualificar para atender o setor logístico.
Região estratégica para o desenvolvimento
O Rio de Janeiro tem forte vocação para escoamento de derivados de óleo e gás, minério de ferro, produtos siderúrgicos e industrializados. Graças à presença de portos-secos, portos e terminais marítimos, rodovias que ligam os dois grandes motores econômicos do país (Rio e São Paulo), dois aeroportos internacionais, um na capital e outro na Região dos Lagos, e área de influência da Bacia de Campos, homologada para cargas especiais e de grande porte; sem contar a presença de conexões ferroviárias, especialmente no corredor Minas-Rio, unindo ainda mais parte dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santos e Minas Gerais.
O resultado destes ativos, mais a presença de instituições, como o Sebrae Rio com projetos de Encadeamento Produtivo para o setor Logístico, tornará mais forte a capacidade operativa do estado para serviços de importação e exportação de carga solta, granéis sólidos, derivados químicos e um conjunto de bens e produtos industrializados, produzidos e exportados pelos clusters fluminense, como o Metalmecânico e o Automotivo, no Sul Fluminense; o Aeronáutico, no eixo entre o distrito industrial de Xerém e as cidades de Petrópolis e Três Rios, o Exportador de Moda, na Região Serrana, e o Polo do Mar, que começa a se desenvolver.
A gama de bens e serviços demandados tanto por operadores logísticos como por concessionárias de estruturas portuárias e transporte ferroviário de cargas é bem extensa. Pequenas empresas que tiverem boa capacidade de fornecimento em prazo e em conformidade poderão encontrar algumas oportunidades no fornecimento de peças forjadas, fundidas e usinadas sob encomenda, desenvolvimento de ferramental, suprimíveis para atividades de manutenção e reparo (MRO), entre outros, além de serviços de manutenção de instalações elétricas, hidráulica e pequenas obras civis etc.
Programa foca em quatro eixos estratégicos
O gerente Renato Regazzi destaca também que o programa está ancorado em quatro eixos estratégicos. “O eixo Encadeamento Produtivo Corpore com grandes empresas do setor, a exemplo da Vale que já tem convênio com o Sebrae para o desenvolvimento de fornecedores no entorno de Mangaratiba; o eixo de Polos Competitivos, como o Polo do Mar nas Baias de Sepetiba, Angra e da Guanabara e no Complexo do Açu, de óleo e gás; além do eixo Fomento nos Processos de Concessão, conforme as vocações econômicas locais, os clusters, para o desenvolvimento de fornecedores locais e também será formatado um programa de Marketing Integrado de Procedência, com a participação de todos os parceiros, para divulgar os ativos do Rio de Janeiro para a indústria e o comércio, visando o adensamento da cadeia produtiva em todo o estado e no país. O setor logístico é multissetorial, empresas de vários segmentos podem fornecer para o setor logístico ou outros complementares”, ressaltou Regazzi.
“O setor de logística pode ser um dos grandes vetores de desenvolvimento do Rio de Janeiro. Ele tem grande capacidade de geração de emprego, renda e impostos para o estado a partir do fomento das micro e pequenas empresas na cadeia produtiva do setor”
Renato Regazzi
Gerente de Grandes Empreendimentos do Sebrae