Rainha Elizabeth II já fez doação para Itaguaí
Mesmo quem não tem tanto interesse pelo assunto, deve saber que o sepultamento da Rainha Elizabeth II acontece nesta segunda-feira (19), no Castelo de Windsor, na Inglaterra. Inclusive, muitos moradores de Itaguaí devem estar acompanhando – direta ou indiretamente – as notícias sobre as muitas homenagens a ela sem imaginar que existe uma relação entre a monarca e o município fluminense.
Em junho de 1968, quando o Hospital Municipal São Francisco Xavier era apenas uma casa de caridade com infraestrutura precária, a mais longeva rainha britânica – que viveu 96 anos e reinou por sete décadas – fez uma doação para a prefeitura. O objetivo era melhorar as condições da unidade médica para receber os sobreviventes de uma enchente que havia destruído parcialmente a cidade. Pode-se perceber que o problema das enchentes que ainda este ano causaram transtornos na cidade é bastante antigo.
Segundo edição daquele ano do jornal Correio da Manhã – que a Câmara Municipal de Itaguaí compartilhou em seu site -, Elizabeth II, então com 42 anos, fez uma doação generosa à instituição. Pelo relato, a partir do momento da doação, 90% do total de material cirúrgico disponível no hospital tinham vindo de Londres. Ainda de acordo com o noticiário, a então casa de caridade, “um prédio velho, mal cheiroso”, não tinha água tratada, nem seringa para aplicação de vacinas.
O donativo não melhorou radicalmente a situação do hospital, mas permitiu, por exemplo, a realização de uma cirurgia complexa, que virou notícia na época. A publicação do Correio da Manhã dá conta de que um médico, de nome Gilson Braga, conseguiu reimplantar a mão de uma menina que fora decepada após um acidente.
Já no fim do ano, a majestade veio ao Brasil – na sua única passagem ao país. Com a famosa intervenção cirúrgica, a população itaguaiense chegou a alimentar a esperança de que a cidade pudesse estar em seu roteiro. A visita real nunca aconteceu, mas Elizabeth II ficou na história de Itaguaí.