Reunião frustra comissão que trata da perícia médica
IMBRÓGLIO O resultado da segunda reunião destinada a buscar um entendimento sobre os procedimentos adotados no serviço de perícia médica da Prefeitura de Itaguaí, na sexta-feira (17), não foi o esperado pela Comissão de Trabalho da Perícia Médica, integrada pelo vereador Willian Cezar (PSB) e por representantes do Movimento Unificado dos Servidores Públicos de Itaguaí (Muspi). O encontro com os representantes da prefeitura foi realizado no gabinete do vereador Willian Cezar, na Câmara Municipal de Itaguaí (CMI).
De acordo com o parlamentar, o objetivo da segunda reunião foi discutir os procedimentos a serem adotados pela administração municipal em resposta aos pontos discutidos durante a audiência pública realizada no dia 10, no auditório do Ministério Público de Itaguaí, e da primeira reunião, realizada na CMI, no dia 12.
Willian Cezar disse que haverá outra audiência pública na próxima sexta-feira (24), às 10h, no auditório do MP. Na ocasião, o subsecretário municipal Gestão, Wagner Almeida, deve apresentar as considerações de seus superiores em relação às propostas apresentadas pela comissão. “Em relação ao desconto dos profissionais, que precisa ser resolvido imediatamente, o subsecretário disse que já está sendo analisado, pois em alguns já foram detectados erros, porém já estão sendo encaminhados para possíveis correções. Dos 17 pontos que repassamos para serem corrigidos, apenas três não tiveram acordo”, ressaltou o vereador.
Representante do Muspi, Christiane Gerardo avaliou que o resultado da reunião não foi o que se esperava da prefeitura, no que diz respeito ao que já havia sido identificado como excesso da perícia médica. “Na verdade, nada foi solucionado. Os pontos acordados na primeira reunião ficaram pendentes, como, por exemplo, o fato de só descontar o salário do servidor, no caso o contracheque não validado, quando tiver encerrado todo prazo do recurso. Muitos servidores tiveram com o contracheque zerado estão sob o risco de responderem por abandono de emprego. Já se passaram 15 dias do recebimento do salário e até hoje eles não tiveram a devolução dos seus gastos”, explicou Gerardo.
A representante do Muspi destacou ainda que apesar das tratativas do governo Charlinho em relação ao processo da perícia médica, ainda permanecem os mesmos comportamentos errôneos da perícia de exigir a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde e de zerar atestados médicos. “Se estávamos numa perspectiva positiva relacionada à primeira reunião, nessa segunda a gente ficou frustrada, porque só avançou nos pontos do protocolo que havíamos discutido, mas não se apontou o organograma para que aquele protocolo passe a ter validade. O que a gente percebeu é que houve uma protelação dos resultados objetivos do processo negociado”, declarou Gerardo.
Christiane Gerardo sustentou ainda que não valeu a pena ter adiado a audiência pública, pois não teve nenhum processo objetivo de resolução. “Eles ficaram de apresentar um cronograma e a resolução dos processos durante a próxima audiência pública na sexta-feira”, concluiu.
WELINGTON CAMPOS
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